Cáritas contacta autarquias para impulsionar plataforma para desempregados

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 17 dez (Lusa) - A Cáritas quer dar um novo impulso à plataforma que criou há um ano para arranjar emprego para maiores de 45 anos e está a pedir ajuda às autarquias para este projeto, que não conseguiu atingir os seus objetivos.

"Não temos conseguido a adesão que pensávamos que iríamos ter por parte das empresas no sentido de colocarem ofertas de trabalho" na plataforma, disse à agência Lusa a coordenadora do projeto, Maria do Rosário Carneiro.

"Depois de um ímpeto inicial bastante significativo", também tem vindo a diminuir o número de pessoas que se inscrevem na "In Spira - Rede de competência Cáritas", uma rede social que facilita a partilha de informação e a comunicação entre empresas e desempregados com mais de 45 anos.

Um ano após a sua criação, estão inscritas na plataforma 2.466 pessoas e 48 empresas, números ficam "claramente aquém das expetativas", adiantou Maria do Rosário Carneiro.

Foram concretizados, até ao momento, cinco postos de trabalho, mas a responsável admitiu que podem ser mais, porque as empresas não informam a Cáritas quando contratam alguém.

"No entanto, não terão sido muitos mais, porque as ofertas de trabalho não foram muito abundantes", lamentou.

Para agilizar o projeto e "conseguir realizar o objetivo proposto", a Cáritas está a desenvolver "estratégias complementares", nomeadamente contactos personalizados com empresas e autarquias.

Maria do Rosário Carneiro apontou como uma das explicações para a fraca adesão das empresas ao projeto "as convicções que os empregadores têm relativamente às pessoas mais velhas".

"Continua-se refém de uma perspetiva muito conservadora relativamente às capacidades e às competências desta população e que é completamente equivocada", porque se trata de "uma população ativa, competente e qualificada".

Segundo a responsável, a maioria das pessoas registada na plataforma tem o ensino secundário, "muitos terão licenciaturas e alguns terão mestrado", além da experiência de uma longa vida de trabalho.

Para Maria do Rosário Carneiro, "esta perspetiva conservadora" poder tornar "as empresas reféns de dar esse passo em frente" de contratarem estas pessoas.

"É necessário fazer um enorme trabalho de sensibilização, divulgação e de esclarecimento junto do mercado de trabalho no sentido de começar a olhar para eles como pessoas que são indispensáveis ao desenvolvimento da sociedade", defendeu.

Maria do Rosário Carneiro observou que estas pessoas correspondem a um terço dos desempregados em Portugal e "precisam urgentemente de trabalhar".

Os desempregados e as empresas podem inscrever-se na plataforma, disponível no endereço www.redeinspira.com.

 

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