CGTP afirma que pagamento de feriados sem cortes permitirá criar mais emprego

CGTP afirma que pagamento de feriados sem cortes permitirá criar mais emprego
| Política
Porto Canal

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse hoje que o pagamento dos feriados e das horas extraordinárias sem cortes, a partir de janeiro de 01 de janeiro de 2015, vai permitir a criação de mais emprego.

Os jornais Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Dinheiro Vivo adiantam hoje que o Governo vai cumprir o acórdão do Tribunal Constitucional e não prolonga o corte de 50% no pagamento de feriados e horas extraordinárias em vigor desde 2012.

Em declarações hoje à agência Lusa, o secretário-geral da CGTP disse que os cortes não faziam “qualquer sentido por serem ilegais, inconstitucionais”.

“Achamos que é reposta a legalidade. O Governo entrou claramente numa situação de ilegalidade quando se intrometeu na contratação coletiva e assumiu a suspensão do pagamento do valor do trabalho extraordinário estipulado nos contratos coletivos de trabalho”, afirmou.

Arménio Carlos lembrou que os cortes levados a cabo pelo Governo levaram a CGTP a apresentar, no ano passado, uma queixa à Organização Internacional de Trabalho (OIT).

Na opinião de Arménio Carlos, a reposição vai ajudar e incentivar a criação de emprego.

“Para a CGTP, não fazia qualquer sentido. Os cortes faziam parte de uma linha de redução dos salários previamente estabelecida pelo Governo e concretizada nas mais variadas formas, inclusive através do não pagamento do trabalho extraordinário”, salientou.

O secretário-geral da CGTP disse que este tema não foi alvo de discussão nas reuniões de concertação social.

“Nem teria que haver [discussão]. As coisas são claras e inequívocas. Não faz sentido este corte, porque é ilegal, é inconstitucional e só daria continuação a uma linha de exploração dos trabalhadores baseada na redução das retribuições”, salientou.

Desde o dia 01 de agosto de 2012 que os trabalhadores do privado estão a receber menos pelo trabalho suplementar, pagando as empresas 25% pela 1ª hora extra e 37,5% nas seguintes. Os feriados eram anteriormente pagos a 100%.

O Governo suspendeu por dois anos as cláusulas de convenções coletivas e de contratos individuais que preveem regimes de pagamento mais vantajosos.

A imprensa de hoje noticia ainda que os patrões, que “vão ver as suas folhas salariais agravar-se, exigem contrapartidas, lembrando que o acordo para baixar as horas extraordinárias assinado em concertação social era a moeda de troca para não baixar a Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas.

+ notícias: Política

Governo diz que há “muito que corrigir na política de migrações"

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse este sábado que Portugal tem “muito que corrigir na política de migrações” e que o Governo quer desenvolver um sistema de acolhimento e de integração “que seja humano e que funcione”.

Secretário-geral do PS manifesta "muita preocupação" com posição de Aguiar-Branco

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, manifestou este sábado “muita preocupação” com a posição assumida pelo presidente da Assembleia da República (AR), José Aguiar-Branco (PSD), quanto ao que considera ser “um discurso xenófobo” do líder do Chega.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.