PGR diz que investigação a Sócrates é independente de processos Monte Branco ou Furacão
Porto Canal
A Procuradoria Geral da República (PGR) disse hoje que a investigação que levou à detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates é independente de outros inquéritos, como o Monte Branco ou Furacão, adiantando que teve origem numa comunicação bancária.
Trata-se de uma "investigação independente de outros inquéritos em curso, como o Monte Branco ou o Furacão, não tendo origem em nenhum destes processos", adianta a PGR em nota, depois de na sexta-feira ter já afastado ligações entre esta investigação e o processo Monte Branco.
A PGR esclarece ainda que o "inquérito teve origem numa comunicação bancária efetuada ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) em cumprimento da lei de prevenção e repressão de branqueamento de capitais".
"O inquérito, que investiga operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificação conhecida e legalmente admissível, encontra-se em segredo de justiça", lembra a PGR.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido na sexta-feira à noite, quando chegava ao aeroporto de Lisboa proveniente de Paris, no âmbito de um processo de suspeitas de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.
Esta é a primeira vez na história da democracia portuguesa que um antigo primeiro-ministro é detido para interrogatório.
Às primeiras horas de sábado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, em comunicado, a detenção de quatro pessoas, entre elas Sócrates, depois de a notícia ter sido avançada pelas edições ‘on-line’ do Sol e Correio da Manhã.