Embaixador do Equador em Portugal ouvido no âmbito do incidente com Morales

| Política
Porto Canal / Agências

Quito, 19 jul (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador reuniu, na quinta-feira, com quatro diplomatas, incluindo o embaixador em Portugal, chamados para consultas no âmbito da recusa de acesso ao espaço aéreo do avião do Presidente da Bolívia, noticiou a EFE.

O Equador tinha convocado os seus embaixadores em Portugal, Espanha, França e Itália -- acusados de negar autorização para o avião de Evo Morales aterrar ou sobrevoar os seus espaços aéreos - para fornecerem "informação precisa" acerca do incidente, ocorrido a 2 de julho, no qual o mandatário ficou retido mais de 13 horas em Viena. Esta decisão deveu-se a suspeitas, não provadas, de que Edward Snowden estaria a bordo, denunciaram as autoridades bolivianas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Ricardo Patiño, reuniu na quinta-feira com o embaixador do Equador em França, Carlos Játiva, em Portugal, Diego Aulestia, em Espanha, Aminta Buenaño, e com a encarregada de negócios em Itália, Alba Coello, informou o Ministério em comunicado.

Segundo o organismo equatoriano, a chamada para consultas corresponde às decisões de "apoio e solidariedade" para com Evo Morales, adotadas pelos chefes de Estado do Mercosul a 12 de julho no Uruguai, durante uma cimeira do bloco sul-americano.

A nota reitera "a gravidade dos atos protagonizados pelos governos europeus, que puseram em risco a segurança e vida do mandatário boliviano".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, contactou na terça-feira o seu homólogo boliviano para emitir uma "palavra de reparação" do Governo e admitir que o Presidente Evo Morales "pode ter razões de queixa" sobre os acontecimentos que decorreram no seu voo de Moscovo para La Paz.

Paulo Portas "tomou a iniciativa de falar com o seu colega boliviano, na passada terça-feira, oferecendo uma 'palavra de reparação' por parte do Governo português, como contributo de Portugal para superar a tensão entre os países Mercosul e os países da UE", refere hoje uma nota enviada à Lusa pelo porta-voz do ministro.

O comunicado sublinha ainda que, no decurso da conversa telefónica com o seu homólogo boliviano, David Choquehuanca, Paulo Portas considerou que a "palavra de reparação" era devida "porque o Presidente Morales pode ter razões de queixa quanto às situações criadas no espaço aéreo europeu aquando da sua viagem de Moscovo para La Paz".

FV (PCR) // HB

Lusa/fim

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