PCP diz que Governo mantem “elevadíssima carga fiscal”

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Porto Canal

O PCP criticou hoje a "extraordinária lata" do Governo em fazer depender a diminuição da sobretaxa do IRS do aumento das receitas fiscais e sublinhou que as medidas conhecidas do Orçamento para 2015 mantêm uma "elevadíssima carga fiscal".

"Estamos perante um conjunto de manobras eleitorais claras do Governo, no sentido de tentar apagar a política fiscal altamente lesiva do país prosseguida ao longo destes três anos. O que está em cima da mesa é a manutenção de uma elevadíssima carga fiscal sobre os trabalhadores, reformados, e pequenos e médios empresários em geral, que nenhuma manobra atenuará", afirmou Agostinho Lopes, do Comité Central do PCP.

Para o PCP, é de "uma extrema indignidade do Governo" não terminar com a sobretaxa sobre o IRS, afirmando que o executivo se tinha comprometido a acabar com a taxa "passado o período de intervenção da ‘troika'".

"Ainda tem a extraordinária lata de associar o fim desta sobretaxa ao êxito do combate à evasão e fraude fiscal, como se aparentemente fossem os trabalhadores - que pagam os seus impostos, o seu IRS, ainda antes de receber os seus vencimentos -, os responsáveis pela fraude e evasão fiscal", acusou.

"Estamos perante um Governo sem nome, sem crédito, sem palavra", declarou, reiterando o pedido de demissão do executivo.

De acordo com a imprensa de hoje, o Orçamento do Estado para 2015, que deverá ser apresentado na quarta-feira, inclui a intenção de reduzir a sobretaxa de IRS (que é atualmente de 3,5%), mas não determina a percentagem da diminuição.

Em vez disso, faz depender essa redução do aumento das receitas fiscais conseguido quer através do crescimento da economia, quer através do combate à fraude fiscal.

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