Câmara de Gondomar assume destruição de ninho de vespa asiática em propriedade de invisual
Porto Canal / Agências
Gondomar, 09 out (Lusa) -- O presidente da Câmara de Gondomar abriu hoje uma exceção às definições do Plano de Vigilância e Controlo da vespa asiática em Portugal, determinando que seja destruído um ninho na propriedade privada de uma invisual na freguesia de Fânzeres.
O Plano de Vigilância e Controlo desta praga determina que, "após comunicação da suspeita de existência da vespa ou ninho e caso o ninho se encontre em propriedade privada, é da responsabilidade do respetivo proprietário/arrendatário/gestor proceder à destruição do mesmo (...), diretamente ou com eventual recurso a serviços de empresas especializadas para o efeito".
Contudo, neste caso, quem habita sozinha naquela propriedade privada onde foi sinalizado um ninho de vespa asiática é uma senhora invisual, com mais de 60 anos.
Segundo fonte da autarquia, tratando-se de uma situação excecional, o comandante da Proteção Civil municipal propôs ao presidente Marco Martins que o ninho fosse retirado pelos próprios serviços, o que foi de imediato aceite.
O Plano refere que é apenas da responsabilidade das respetivas câmaras municipais destruir ninhos de vespas asiáticas que se encontrem em áreas públicas urbanas.
A mesma fonte adiantou, contudo, que os privados que queiram podem recorrer aos serviços municipais para destruir os ninhos, um serviço que fica por 150 euros.
O Plano que está em vigor no controlo desta praga foi elaborado por um grupo de trabalho constituído pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.
A vespa asiática - vespa velutina - é uma espécie diurna, com um ciclo biológico anual, que apresenta a sua máxima atividade durante o verão, quando atacam em massa as colmeias.
"As vespas atacam as abelhas (e outros invertebrados) para se alimentar, regra geral individualmente. É entre junho e novembro que se regista maior pressão de predação, associada ao crescimento dos ninhos pelo que o crescimento exponencial da colónia no verão e outono está associado a ataques a apiários da abelha europeia", refere o plano.
JAP // JGJ
Lusa/Fim