Responsáveis do Hospital Carlos III admitem "surpresa" pelo contágio

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Porto Canal / Agências

Madrid, 07 out (Lusa) - O diretor do Hospital Carlos III em Madrid, onde ocorreu o primeiro contágio do vírus do Ébola fora de África, admitiu hoje que o caso causou "surpresa" e que a instituição mantém as investigações para determinar as circunstâncias em que ocorreu.

"Estamos preocupados mas tranquilos. É uma questão que nos apanhou de surpresa. Procuramos rever todos os protocolos estabelecidos, melhorar em tudo e sobretudo para evitar que algum contacto desenvolva a doença", disse em conferência de imprensa Rafael Perez Santamaria.

"Queremos evitar o alarme na população. Estamos a colaborar com a Saúde Pública, a informar aos profissionais, à população e aos contactos sobre todo o processo. A trabalhar para o melhor tratamento desta paciente e para evitar a propagação da doença", disse.

Segundo este responsável, a auxiliar de enfermagem com o vírus do Ébola está a "evoluir positivamente" desde que entrou no hospital, durante a madrugada de hoje.

"A paciente ingressou esta madrugada. Desde aí evoluiu favoravelmente dentro das precauções tomadas para este tema sanitário. Ela não quer que se informe os meios de comunicação sobre o seu estado", disse o responsável.

José Ramón Arribas, coordenador da Unidade de Infeciosas explicou que a paciente está a ser tratada com soro híper-imune de um doador anónimo, que foi contagiado pela doença e tem anticorpos, e com um antiviral experimental que foi testado em animais pequenos.

Além do caso confirmado da auxiliar de enfermagem há dois outros casos suspeitos sob observação na unidade hospitalar: o marido da paciente e um homem que recentemente viajou ao estrangeiro.

Há ainda um outro caso, de uma enfermeira, que não mostrou ainda qualquer sintoma.

"Os quatro estão hospitalizados em quartos de alta segurança, totalmente isolados", disse Ramón Arribas.

Estão ainda a ser acompanhadas 52 outras pessoas por possível contágio. A maior parte das pessoas são do setor sanitário (30) da instituição enquanto as restantes tiveram relação com a paciente, explicou Perez Santamaria, que se mostrou confiante no sucesso dos procedimentos.

"Quando passarem 21 dias, se os casos tiverem dado resultados negativos, podemos dizer que este surto está controlado", disse.

O responsável insistiu na mensagem de tranquilidade à população, recordando que em saúde não se pode falar percentagens, "porque não há um risco nem de 0% nem de 100%", insistindo que os protocolos usados são os mesmos "que se aplicam sempre que há suspeitas" de Ébola.

ASP // PJA

Lusa/Fim

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