Ébola: Tratamentos experimentais já aplicados a auxiliar de enfermeira espanhola

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Porto Canal / Agências

Madrid, 07 out (Lusa) - Tratamentos experimentais começaram a ser aplicados na segunda-feira na assistência médica à auxiliar da enfermeira espanhola que foi contagiada com o vírus do Ébola num hospital de Madrid, confirmou a diretora-geral de Saúde Pública de Espanha.

Mercedes Vinuesa, que intervinha na Comissão de Saúde do Congresso de Deputados, recordou que, "infelizmente", não há cura para o vírus do Ébola e que os medicamentos experimentais disponíveis "são limitados e partilhados entre os países".

"Posso confirmar que em Espanha temos à nossa disposição várias opções terapêuticas e que já se começaram a aplicar na segunda-feira", disse aos deputados, recordando que tudo está "numa fase experimental".

"São sempre os clínicos que decidem em que fase se usa cada tipo de medicação", afirmou.

Vinuesa, que intervinha na Comissão de Saúde do Congresso de Deputados, insistiu que o risco de contágio da doença em Espanha é "muito baixo", já que o país não recebe voos comerciais diretos dos três países onde a doença tem tido mais impacto: Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.

"O fluxo aéreo com o Senegal levou a estremar as medidas de segurança apesar de nesse país estar muito controlada e de praticamente se estar prestes a declarar o país livre de Ébola. Ainda assim, mantemos o alerta na fronteira", disse.

Além disso, referiu, o sistema sanitário espanhol é "robusto, perfeitamente capaz de atender os pacientes, de garantir a prevenção e o controlo", tendo sido elaborado "um protocolo de ação conjunta, seguindo as recomendações da OMS".

Informação atualizada é igualmente fornecida a profissionais de saúde e aos cidadãos, tanto através do Ministério da Saúde como do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), explicou.

Informação atualizada é fornecida a viajantes para as zonas afetadas, com recomendações a serem difundidas pelo Ministério de Saúde, MNE, delegações do Governo, Governos regionais e outras entidades.

Para o grupo de risco de profissionais, disse, está a manter-se uma vigilância "estrita dos procedimentos de controlo para minimizar a probabilidade de contágio", afirmou.

Nas fronteiras, a Espanha realizou já controlos em 52 voos e em 403 embarcações, tendo elaborado ainda um registo de cooperantes, feito com o apoio das ONG (Organizações Não Governamentais) que estão nas zonas de risco.

Esses cooperantes que regressam a Espanha são acompanhados nos 21 dias seguintes, ou seja no período de incubação da doença.

Até ao momento as autoridades de saúde espanholas analisaram já 24 casos suspeitos, sendo todos negativos, exceto o da auxiliar de enfermeira, que está isolada no hospital Carlos III.

Há duas vítimas mortais espanholas, dois missionários que foram repatriados da Libéria e da Serra Leoa e que acabaram por morrer em Madrid.

ASP // JPS

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