Águeda, 15 jul (Lusa) - A Câmara de Águeda está a organizar uma deslocação de populares a Lisboa, na quinta-feira, para a entrega de uma petição entregue na Assembleia da República, em defesa do Hospital de Águeda e "por melhor saúde na região".

O presidente da Câmara Municipal de Águeda, Gil Nadais, acompanhado de cidadãos do concelho irá entregar formalmente mais de 10 mil assinaturas recolhidas, da petição "Pelo Hospital de Águeda e melhor saúde na região", no dia 18 de julho, pelas 16:00, à presidente da Assembleia da República", anunciou hoje a autarquia.

Gil Nadais pediu uma audiência com caráter de urgência à presidente do Parlamento, que decorrerá quinta-feira, durante a qual formalizará a entrega da petição, cuja cuja recolha de assinaturas "triplicou o número mínimo exigido por lei", para discussão em plenário.

"Esta é uma forma de os anseios dos aguedenses serem reconhecidos pelo Governo e que, com esta solicitação, fica a depender da presidente da Assembleia da República e da maioria PSD/CDS o agendamento do assunto, para discussão e votação em plenário", refere uma nota informativa municipal.

A Câmara de Águeda decidiu disponibilizar autocarro, estando a aceitar inscrições "para todas as pessoas que queiram acompanhar a entrega da petição".

Na base da petição está o Plano Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, apresentado aos autarcas da região e que Gil Nadais contesta, considerando que a administração hospitalar pretende com ele esvaziar o Hospital de Águeda para o encerrar.

O presidente da Câmara exigiu a demissão do conselho de administração que, conforme afiançou, "retirou a Águeda o serviço de Ortopedia para o levar para Aveiro e praticamente fechou o serviço de Patologia Clínica, com acentuados prejuízos para o erário público".

O conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) veio entretanto desmentir a alegada intenção de fechar o Hospital de Águeda, assegurando que "relativamente ao polo de Águeda do CHBV, foi o autarca informado das linhas orientadoras do Plano Estratégico e das medidas a tomar para a sua implementação".

Entre elas figuram a reorganização do Bloco Operatório e Serviço de Urgência, "medidas estas que se enquadram num plano de modernização da unidade e que visa, sobretudo, otimizar os recursos existentes e garantir mais conforto e segurança aos seus doentes, utilizadores e profissionais de saúde".

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