Porto, 12 jul (Lusa) - Os trabalhadores da Metro do Porto defenderam hoje a extensão da rede de metropolitano, considerando que a empresa deve olhar para a oportunidade dos próximos fundos comunitários (2014-2020).

"Os próximos fundos comunitários devem ser uma oportunidade para alguma extensão da rede do Metro do Porto, bem como para o melhoramento da existente", sustentou à Lusa fonte da Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa.

A CT apontou como exemplo o cais nascente da estação da Trindade, considerado já "insuficiente" para o volume de clientes.

Os trabalhadores reafirmaram que a empresa precisa de se "focar na melhoria dos resultados operacionais" e "abandonar a estratégia (errada) de delapidação do capital humano e das competências tão arduamente adquiridas na Metro".

Dos resultados da empresa, analisou a CT, por cada euro gasto, "cerca de 84 cêntimos vão para pagar a dívida aos bancos, 15 cêntimos são custos operacionais e apenas 1 cêntimo são custos com pessoal".

"Mesmo com o despedimento de todos os trabalhadores (incluindo órgãos sociais), a empresa não iria melhorar os resultados líquidos que tem hoje", sublinhou a CT, acrescentando que "o plano de redução de 50% dos trabalhadores da empresa pouparia ao país meio cêntimo de cada euro gasto na Metro do Porto".

Realizar poupanças "ao nível da subcontratação" e recorrer às potencialidades e profissionalismo dos trabalhadores" são soluções que a CT aponta para que a empresa consiga melhorar os seus resultados operacionais.

A Metro do Porto apresentou em 2012 prejuízos de 491,6 milhões de euros, sendo que, de acordo com a CT, os "resultados financeiros negativos de 412 milhões de euros têm a ver com a dívida".

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