Emprego no Norte mantém crescimento no 2.º trimestre apesar de desaceleração
Porto Canal / Agências
Porto, 22 set (Lusa) -- O emprego na região Norte cresceu 0,9% no segundo trimestre em termos homólogos face a 2013, revelou hoje a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que realçou que as exportações aumentaram 8,5%.
No relatório trimestral Norte Conjuntura, a CCDR-N referiu que o emprego na região continuou a crescer, depois de um primeiro trimestre em que aumentou 1,5%, mas ressalvou que, em termos absolutos, "a expansão do emprego regional face ao período homólogo (+14 mil indivíduos) ficou muito aquém do recuo observado no desemprego (-44 mil desempregados)".
"A incidência do desemprego de longa duração continua a registar novos máximos históricos. No segundo trimestre, 72,4% dos desempregados da região do Norte estavam há mais de um ano à procura de emprego (valor que compara com 68,2% no trimestre anterior e com 65,6% no trimestre homólogo do ano passado). Quase metade (49,1%) do total, estavam mesmo desempregados há mais de dois anos", pode ler-se no documento, que aponta ainda para uma subida da taxa de desemprego jovem de 32,1% para 37,6%.
No que disse respeito ao nível salarial, a média mensal líquida dos trabalhadores por conta de outrem no Norte foi de 756 euros no segundo trimestre do ano, mais 2,6% do que no homólogo de 2013, "em virtude do aumento de 1,7% no salário médio nominal, acrescido por uma inflação negativa".
Já as exportações registaram uma subida de 8,5% entre abril e junho em comparação a igual período de 2013, explicado pela subida de 9% nas vendas para países comunitários.
"No segundo trimestre de 2014, o crescimento do valor total das exportações da região do Norte face ao período homólogo do ano anterior foi impulsionado sobretudo pela subida das exportações de combustíveis minerais, de caldeiras, máquinas e aparelhos mecânicos, de calçado, de vestuário de malha e seus acessórios e ainda de produtos da fileira automóvel", acrescentou ainda o documento.
Em relação ao rácio de crédito vencido das famílias, este aumentou para 4,5% no Norte, mantendo a tendência de crescimento recente.
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