Durão e Guterres optaram por responder por escrito à comissão de inquérito sobre a compra de material militar
Porto Canal / Agências
Lisboa, 16 set (Lusa) - Os ex-primeiros-ministros portugueses Durão Barroso e António Guterres preferiram responder por escrito à comissão de inquérito sobre a compra de material militar, informou hoje o deputado do CDS-PP Telmo Correia, que lidera os trabalhos.
A convocatória do presidente da Comissão Europeia cessante foi avançada pelo Bloco de Esquerda, secundada por PS e PCP, tendo a maioria, que se mostrara contrária à audição de antigos líderes de executivos, pedido a presença do atual Alto-Comissário para os Refugiados das Nações Unidas por "questões de equidade".
Ambos os requerimentos foram aprovados, mas existe a prerrogativa para Presidentes da República, Primeiros-ministros, assim como antigos titulares daqueles cargos de deporem por escrito, sem necessidade de se deslocarem ao Parlamento, algo justificado por Barroso e Guterres até pelo facto de se encontrarem no estrangeiro e em trânsito constante.
Os grupos parlamentares ficaram comprometidos a elaborar os respetivos questionários até às 18:00, devendo depois a mesa da Comissão Parlamentar de Inquérito aos Programas de Aquisição de Equipamentos Militares (aeronaves EH-101, P-3 Orion, C-295, F-16, torpedos, submarinos U-209 e blindados Pandur II) coligir as perguntas a serem enviadas.
Durão Barroso liderou o governo de coligação PSD/CDS-PP de 2002 a 2004, Guterres foi primeiro-ministro dos executivos minoritários socialistas entre 1995 e 1999 e entre 1999 e 2002.
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