Autarca de Braga pede "maturidade" para assegurar governabilidade do município
Porto Canal/Agências
O presidente da Câmara de Braga, João Rodrigues, pediu esta segunda-feira "maturidade" às diversas forças representadas no novo executivo, sublinhando que em muitas áreas os programas eleitorais "não são, de modo algum, inconciliáveis".
"Não peço unanimismo, peço maturidade", referiu João Rodrigues, na cerimónia de tomada de posse.
Nas eleições de 12 de outubro, a coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM), liderada por João Rodrigues, ganhou as eleições, elegendo três membros para o executivo.
O PS e o movimento independente Amar e Servir Braga também conseguiram, cada qual, três eleitos, enquanto o Chega e a Iniciativa Liberal conseguiram um.
João Rodrigues admitiu "divergências" entre os programas das várias forças, mas sublinhou que todos têm "o dever de convergir" na defesa do bem comum.
"Pluralidade não significa paralisia", vincou, apontando que respeitará o que distingue os vários eleitos, mas procurará o que os une, fazendo da convergência "o sentido maior" da sua ação.
Para o novo autarca de Braga, há muita matéria para avançar no sentido de uma governação "forte e plural".
"Em muitos pontos e em muitas áreas, os programas eleitorais das principais candidaturas não são, de modo algum, inconciliáveis. Pelo contrário, por diferentes caminhos podemos e devemos traçar objetivos comuns. Dar tempo à cidade, cuidar do espaço que é de todos, abrir a autarquia, envolver as pessoas", disse ainda.
À cidade, pediu três atitudes: paciência ativa, exigência justa e participação rigorosa.
Como primeiro compromisso, apontou o estabelecimento de "pacto de verdade com cada um dos bracarenses".
Um pacto pelo qual se compromete a dizer a verdade, ouvir com atenção e responder às expectativas com resultados.
"Em troca, peço-vos três coisas: que participem, que exijam e que nos ajudem a fazer", referiu.
Disse que, com a experiência anterior como vereador, aprendeu várias lições.
"Aprendi que ter autoridade não é gritar, é ser-se verdadeiro e consistente. E que liderar não é mandar, é dar o exemplo, é dar rumo, é dar a cara e sempre que preciso dar o peito às balas por aquilo em que se acredita", disse ainda.
Além disso, acrescentou, aprendeu a decidir com rigor, corrigir com humildade e cumprir com disciplina.
Quer construir uma cidade ampla, aberta e digna para todos, "uma cidade que gosta de si e que sorri sempre que se olha ao espelho".
"Sei que muitos procuraram colocar-me rótulos, mas não faz mal (…). Eu não trago pose, trago disciplina. E não quero pompa, quero trabalho", rematou.
