O engenheiro e especialista em planeamento do território e ambiente, Álvaro Santos, será o vice-presidente de Luís Filipe Menezes (PSD/CDS-PP/IL) na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, confirmou o próprio à Lusa.

“No que diz respeito à atribuição de pelouros ainda não está tudo definido, mas há um pressuposto de base que é o meu contributo para a área da habitação. Foi com base nesse pressuposto que eu aceitei o convite que o doutor Menezes me fez em tempos: seria vice-presidente e teria o pelouro da habitação”, disse Álvaro Santos.

Luís Filipe Menezes volta a presidir à Câmara de Vila Nova de Gaia após vencer no domingo, pela coligação PSD/CDS-PP/IL, as eleições autárquicas, mas sem maioria absoluta.

Depois do PSD/CDS-PP/IL, com 40,74% (teve 17,57% em 2021) e cinco mandatos, o segundo mais votado é o PS, com 35,85% (tinha 57,79% em 2021) e cinco mandatos, e o terceiro é o Chega, com 10,97% dos votos e um mandato.

Além do novo presidente da Câmara, está já confirmada a atribuição do cargo de vice-presidente ao engenheiro Álvaro Santos que, aliás, chegou a substituir o ex-presidente do PSD agora eleito para a autarquia de Gaia em vários debates realizados nas últimas semanas.

Álvaro Santos é licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto, mestre em Planeamento do Território e Ambiente e doutorado em Ecologia e Saúde Ambiental.

Foi presidente do conselho de administração da PORTO VIVO, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa do Porto entre 2014 e 2017, chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, entre 2011 e 2013, diretor-geral do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, entre 2003 e 2005, consultor da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, bem como perito no Comité das Regiões da União Europeia.

À Lusa, avançou, esta terça-feira, que a grande prioridade no mandato que agora se inicia é a construção de 4.000 casas para jovens e classe média, 40% das quais no interior do concelho, sendo 1.000 construídas pelo município, 2.000 por privados e 1.000 por cooperativas.

Também quer criar um Programa Municipal de Arrendamento Acessível que incentive a mobilização para o mercado de compra/venda ou arrendamento dos 13.523 fogos vagos (não utilizados) de propriedade privada que existem no concelho de acordo com os Censos de 2021.

“Desse número, 4.732 fogos estão vagos, estão fora do mercado, mas estão prontos a habitar. É importante fazer de imediato um esforço para os colocar ao serviço de quem precisa. Muitas vezes são imóveis de pais, de avós, de heranças passadas, as pessoas têm um sentido de pretensa face a esses fogos, não se querem desfazer deles e muitas vezes não precisam desse dinheiro também. Acredito que o Município pode intermediar o diálogo entre proprietários e inquilinos”, referiu.

Além de Luís Filipe Menezes e Álvaro Santos, ambos do PSD, foram eleitos a gestora Elizabete Cristina Silva, da Iniciativa Liberal, o ex-deputado da Assembleia da República Firmino Pereira e o economista Fernando Machado, também do PSD.