Diana Ferreira diz que quem não votou CDU no Porto “tem todas as razões para votar agora”
Porto Canal/Agências
A candidata da CDU ao Porto Diana Ferreira garantiu esta segunda-feira que quem não votou antes nesta coligação “tem todas as razões para votar agora”, lembrando que esta é a única força partidária com um gabinete aberto no Município.
“A CDU tem representação municipal desde 1976, com um trabalho ímpar na defesa dos direitos da população e dos trabalhadores da cidade do Porto. Somos a única força política com o gabinete aberto aos munícipes, que todas as semanas recebe as pessoas com problemas na cidade do Porto. Quem não votou antes, tem todas as razões para votar neste momento pelo programa que temos para a cidade”, disse a cabeça de lista da coligação PCP/PEV.
Ao lado do secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, e em plena Rua de Santa Catarina no meio de uma arruada à qual se foi juntando quem passava e que atraiu a curiosidade de turistas que tiravam fotografias, Diana Ferreira foi interpelada por moradores e comerciantes que lhe pediram que intercedesse por eles na Câmara Municipal.
“Temos um gabinete no Município. Tem de lá passar para registarmos isso tudo e podermos colocar a questão concreta”, disse a candidata a Maria Fernanda, vendedora de rua de 71 anos, que se queixou das multas, “uma calamidade” para quem “nem reforma tem e até fica sem o artigo”.
Diana Ferreira respondeu: “Eu percebo, as pessoas precisam muito de apoio para complementar a pensão que é uma pensão baixa".
Confiante na campanha, a candidata falou aos jornalistas que “a CDU avança com toda a confiança”, o ‘grito’ já usual desta coligação e destas ações de rua, regressando à mensagem sobre o seu papel na autarquia.
“A CDU tem uma intervenção de décadas na cidade do Porto. Atendemos mais de 700 munícipes durante este mandato, tendo dado respostas concretas a cada um desses problemas que nos foram colocados. Todos aqueles que votaram em nós há quatro anos não viram o seu voto traído, pelo contrário, viram o seu voto honrado e respeitado de acordo exatamente com o programa que nós propusemos à cidade, com as propostas que apresentámos e com aquilo que efetivamente também concretizámos com intervenção concreta na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e também nas freguesias”, disse.
Questionada sobre prioridades, Diana Ferreira foi direta: “Há duas dimensões concretas que exigem uma intervenção imediata: a valorização dos trabalhadores e a habitação”.
Para a comunista, é importante avançar “com a internalização de muitos trabalhadores que estão, neste momento, em prestação de serviços” e “criar medidas concretas para fazer face à carência de casas e de rendas acessíveis”.
Já sobre se a criminalidade é um tema que a preocupa, voltou a ser direta na abordagem: “Os números não nos dizem que há mais criminalidade no Porto. Podemos é falar de segurança, se quiserem ir por aí. Do ponto de vista de segurança precisamos é de policiamento de proximidade e, desde logo, rejeitar as políticas que encerraram esquadras no Porto e que, criando super-esquadras, retiraram efetivos da rua”, referiu.
Diana Ferreira defende que “é preciso dar vida à cidade, valorizar o movimento associativo, os trabalhadores da cultura, dispersando por toda a cidade um conjunto de atividades que, ocupando-a e envolvendo as comunidades, darão naturalmente um outro elemento de integração, de participação e até de segurança e bem-estar”.
Concorrem à Câmara do Porto nas eleições de domingo Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
