Raimundo desceu Santa Catarina com avisos que é o povo e não sondagens que votam

Raimundo desceu Santa Catarina com avisos que é o povo e não sondagens que votam
| Porto
Porto Canal/Agências

O secretário-geral do PCP fez esta segunda-feira a tradicional arruada portuense na Rua de Santa Catarina com apelos a que os eleitores, “independentemente das suas opções políticas”, escolham um “Porto para todos”, salientando que é o povo e não as sondagens que votam.

Acompanhado pela candidata da CDU à Câmara Municipal do Porto, Diana Ferreira, Paulo Raimundo fez a tradicional arruada no centro do Porto rodeado por algumas centenas de apoiantes da coligação, que, de bandeira ao alto, foram entoando cânticos como “CDU, voto eu e votas tu” e distribuindo folhetos aos transeuntes.

Perto do início da arruada, Paulo Raimundo cruzou-se com Maria Fernanda, vendedora ambulante já conhecida nesta zona do Porto como “Tia Nanda da Sé”, que tentou que o secretário-geral do PCP lhe comprasse meias.

Apesar de não conseguir fechar negócio, Maria Fernanda conseguiu, ainda assim, transmitir as suas preocupações ao secretário-geral do PCP e a Diana Ferreira, designadamente o facto de receber muitas multas por estar a vender na rua.

“É uma falta de respeito, eu, com 71 anos, que nem reforma tenho, ter de andar a vender na rua e eles ainda passam multas. Tenho lá multas para mil e tal euros cada uma”, queixou-se a vendedora, com Paulo Raimundo a contrapor que devia ter trazido uma multa esta segunda-feira, devido à presença das câmaras de televisão.

“Você disse-me que vinha cá hoje? Se você dissesse, eu trazia”, respondeu prontamente a vendedora, com Paulo Raimundo a responder que tinha toda a razão.

Após esta troca de palavras, Maria Fernanda integrou a arruada da CDU, sempre atenta a cada troca de argumentos, e, quando o secretário-geral do PCP falava aos jornalistas para responder a uma pergunta sobre o que esperava na reta final da campanha, optou por voltar a tomar a palavra.

“Que o povo abra os olhos!”, interveio Maria Fernanda, com Paulo Raimundo a rir-se e a salientar que faz suas as palavras da vendedora.

Depois, aos jornalistas, o secretário-geral do PCP disse esperar “muita mobilização” na última semana de campanha e manifestou uma “grande confiança” num “grande resultado da CDU”.

“No caso daqui do Porto, nós não precisamos que o povo do Porto eleja a Diana apenas para a Câmara Municipal, precisamos que a CDU se reforce”, disse, desvalorizando sondagens que indicam que a coligação poderá não conseguir eleger qualquer vereador nesta autarquia.

“As sondagens, os comentadores, os artigos de jornal, também aqui no Porto, não votam. Quem vota é o povo e nós temos feito uma grande campanha, com um contacto muito alargado, envolvendo muita gente. E há uma grande confiança”, afirmou.

No final da arruada, Paulo Raimundo fez um discurso no qual pediu à população da cidade para que, “independentemente das suas opções partidárias, de onde votaram noutras eleições”, no próximo domingo votam “pelas suas casas, contra os despejos, contra as creches que faltam, pela cultura e pela vida que a cidade precisa de ter novamente”.

“Porque uma cidade viva é uma cidade futura. É essa cidade futura que nós queremos. Vão votar por esse Porto que é de todos e que nós queremos que seja cada vez mais de todos e para todos”, pediu.

O secretário-geral do PCP defendeu que, se os cidadãos da cidade votarem “com confiança”, “o Porto muda, muda em função dos interesses da população da cidade, daqueles que cá vivem e trabalham”.

“Este povo da cidade do Porto merece cada minuto do nosso trabalho, do nosso empenho, da nossa força, da nossa vida”, referiu.

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