Alunos da Guarda criam espetáculo multidisciplinar na terceira edição do projeto Beat na Montanha

Porto Canal/ Agências
Cerca de 30 alunos do Agrupamento de Escolas da Sé, na Guarda, estão a participar na terceira edição do “Beat na Montanha”, projeto artístico que culminará, em junho, com um espetáculo de hip-hop e uma exposição de fotografia analógica.
A iniciativa teve início em janeiro e envolve jovens das escolas da Sé e Carolina Beatriz Ângelo, na cidade, cuja criatividade está a ser estimulada em áreas como a fotografia, o design, o vídeo, a animação, a música e a palavra.
Realizado em parceria com o Teatro Municipal da Guarda (TMG), no âmbito do Plano Nacional das Artes, o “Beat na Montanha 3” desafia os participantes a “explorarem as suas aptidões e a criarem uma obra coletiva que reflete as suas vivências e aspirações”, sintetizam os promotores, numa nota enviada à agência Lusa.
A direção artística está a cargo de Luís Sequeira, músico e produtor da Guarda, de André Neves, rapper mais conhecido por Mazze, do grupo portuense Dealema, e de Miguel Silva, fotojornalista da agência Lusa.
“O objetivo principal passa por incentivar cada aluno a descobrir e afirmar a sua identidade criativa, ao mesmo tempo que aprende novas técnicas e compreende o potencial da arte enquanto forma de expressão e comunicação”, é referido ainda.
Os jovens vão criar um espetáculo de hip-hop que será apresentado no grande auditório do TMG, no dia 14 de junho, para o qual vão compor as músicas e as letras, sendo ainda responsáveis pelos conteúdos audiovisuais a usar nas redes sociais do projeto e no espetáculo final.
Haverá ainda uma exposição de fotografia analógica, totalmente produzida num laboratório existente na Secundária da Sé, pelos alunos que integram a componente de fotografia e vídeo do “Beat na Montanha”.
Maria João, estudante do 10.º ano, diz ter encontrado inspiração na fotografia e no vídeo porque sempre viu o seu pai a “editar vídeos de casamentos”. Já o colega Diawara vai ter a oportunidade de realizar “o sonho de infância” de tocar bateria.
Para Luís Sequeira, criador e mentor do projeto, esta terceira edição é um regresso às origens, pois “aproxima-se bastante daquilo que fizemos na primeira, em que trabalhámos com jovens de idades semelhantes, ou até mais novos”.
Na segunda edição, realizada em 2024, o “Beat na Montanha”’ envolveu reclusos e reclusas do Estabelecimento Prisional da Guarda, que criaram um espetáculo de hip-hop apresentado no TMG.
“Desta vez foi o Agrupamento de Escolas da Sé que lançou o repto para acolher o “Beat na Montanha”, por causa do Plano Nacional das Artes e também pela parceria que têm com o Teatro Municipal da Guarda”, realça Luís Sequeira.
Já Tiago Tadeu, diretor do Agrupamento de Escolas da Sé, reconhece que o projeto está a ser “extremamente positivo” para os alunos, contribuindo, nomeadamente, “para uma melhor integração de alguns alunos no ambiente escolar”.
Apoiado pelo município, o “Beat na Montanha” reforça “o compromisso da autarquia em promover iniciativas que unam a comunidade, valorizem a diversidade cultural e artística e fomentem a inclusão social através da educação e da criatividade”, refere a Câmara da Guarda citada na nota.