Teatro Universitário do Porto estreia espetáculo em festival de Liège na Bélgica

Teatro Universitário do Porto estreia espetáculo em festival de Liège na Bélgica
Foto: Universidade de Liège
| Porto
Porto Canal / Agências

A criação a partir de "Macbeth", de William Shakespeare, com direção de Nuno Matos e texto de Raquel S., “Amanhã Amanhã Amanhã”, vai participar no festival internacional do Théâtre Universitaire Royal de Liège, na Bélgica.

A adaptação, segundo os criadores da peça, "subverte" a obra de Shakespeare, para dar voz a quem não a tem, para que tenha poder "quem o merece" - os servos de "gente rica e poderosa".

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Teatro Universitário do Porto (TUP) revela que a apresentação no Rencontres Internationales de Théâtre Universitaire - RITU 42, acontecerá no sábado, pelas 17h00 locais (menos uma hora em Portugal continental), na Salle de Spectacles Chiroux do Centre Culturel Liège.

Segundo a nota de imprensa, “criar um espetáculo original a partir do clássico 'Macbeth', de William Shakespeare, era uma vontade que Nuno Matos e Raquel S., sócia e antiga presidente do TUP, partilhavam entre si e com o corpo associativo do TUP há dez anos”.

O “Amanhã, Amanhã, Amanhã” foi construído durante quatro meses pelos membros do grupo de teatro amador, lê-se ainda.

Para o diretor, trata-se de um espetáculo sobre “o sonho de um dia se ser capaz de lentamente, inelutavelmente, cruel e implacavelmente, levar os nossos líderes à loucura, de lhes matar o sono, de lhes causar medo de sair à rua, medo de perderem o emprego, de ficarem sem dinheiro, posição, respeito, poder. Medo de não poderem escolher a casa que querem, na rua de que gostam. Medo de terem de começar a comprar a comida no Minipreço”.

“Este espetáculo também é acerca de pessoas que reclamaram para si o poder de destruir não um rei, mas toda uma linhagem (várias linhagens) de reis até à destruição total da monarquia. Sem quererem para si uma nova forma de poder, sem proporem uma nova forma de governação”, prossegue Nuno Matos.

Salienta o responsável que William Shakespeare “escreveu uma peça sobre os problemas que arreliam gente rica e poderosa e escolheu transformar criados e criadas em meros figurantes, por vezes, sem sequer terem o direito a um nome próprio - pessoas silenciosas no 'Macbeth' de Shakespeare”.

“Resolvemos, por isso, inverter o campo de batalha, subverter (quase) tudo o que William escreveu, e dar o verdadeiro poder a quem o merece”, conclui.

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