Covilhã transformada numa galeria com Trienal Internacional de Design

Covilhã transformada numa galeria com Trienal Internacional de Design
Foto: CM Covilhã
| Norte
Porto Canal/ Agências

A Covilhã vai ficar transformada, a partir de sexta-feira, numa cidade-galeria, durante a Trienal Internacional de Design, com oito exposições dispersas por 12 locais.

A inauguração está marcada para as 16:00 de sexta-feira, no Pavilhão da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), onde se concentram três mostras e vai ser o principal polo da iniciativa durante os três meses do evento, que se prolonga até 21 de junho.

“Nós trazemos a dimensão internacional, através de 15 projetos de 13 países, de nove cidades criativas da UNESCO, mas não deixamos de trazer também a criatividade, o design associado a técnicas e materiais tradicionais do saber-fazer que é local, que é regional”, acentuou, em declarações à agência Lusa, a vereadora com o pelouro da cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia.

Nos vários espaços da Covilhã, a única cidade criativa portuguesa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na área do design, selo que conquistou em 2021, vão estar expostas peças de design de outras cidades que detêm essa distinção.

As cidades criativas do design de Bilbao, Detroit, Doha, Dubai, Graz, Geelong, Kortrijk, Montreal e Nagoya vão estar representadas com o que de melhor têm para mostrar e a vereadora salientou que a Trienal é uma ocasião para que os visitantes possam desfrutar de uma vasta oferta cultural.

“É uma oportunidade excelente para contactar com o design, o design associado a artes tradicionais e não tradicionais, os melhores exemplos a nível internacional e a nível nacional, tudo na mesma cidade, que é a Covilhã”, afiançou Regina Gouveia.

O pavilhão da ANIL, onde habitualmente se realizam festas e feiras, e onde ficam instaladas três exposições, vai passar a ser um centro de artes e a autarca acrescentou que a forma como o espaço foi estruturado, utilizando burel, “já é, em si, uma instalação de design”.

O Mercado Municipal, o Museu de Lanifícios, a Galeria António Lopes, o Museu da Covilhã, o Teatro Municipal, a Biblioteca Municipal, a Universidade da Beira Interior (UBI), o Museu de Arte Sacra, a Biblioteca da UBI, o New Hand Lab, e A Transformadora são os restantes locais da cidade onde podem ser vistas as restantes mostras e o trabalho de vários criadores.

Regina Gouveia acentuou que a Trienal, organizada pela empresa Ideias Emergentes, pretende dar visibilidade ao design e à criatividade na cidade “de forma abrangente, interessante e diferenciadora”, centrada no “design bio regional”, que parte dos recursos do território para propor caminhos de desenvolvimento sustentável.

A vereadora destacou o propósito de as pessoas perceberem a transversalidade e a omnipresença do design no seu quotidiano e que a comunidade tenha a consciência de que a Covilhã é há oito séculos, pela sua história de cidade-fábrica e viveiro de debuxadores, uma cidade do design, que quer ter enfoque na inovação.

Na sexta-feira são inauguradas as exposições, todas de entrada gratuita, “Aqui, agora: percursos bio regionais e práticas situadas”, “Produção artesanal portuguesa: a atualidade do saber-fazer ancestral” e a mostra “The World Wide Things Collection 2.0”.

Uma outra exposição vai dar a conhecer 15 casos de 13 países reveladores do potencial de transformação e regeneração das comunidades, indústrias e economias locais através do design.

As mostras “Histórias tecidas. Histórias coloridas”, no Museu de Lanifícios, e “Design? Design!”, com projetos de estudantes da Universidade da Beira Interior vão também estar patentes, assim como uma exposição, no Teatro Municipal, da designer convidada da trienal, Vivien Tauchmann.

Durante três meses estão previstas outras iniciativas, como quatro residências artísticas em fábricas da região.

A Trienal, com o tema “Paisagens têxteis”, é o principal evento do plano de ação da Covilhã como cidade do design da UNESCO.

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