Heliporto do Hospital Santos Silva em Gaia recebe helicópteros civis e militares a partir de maio

Catarina Cunha
O Heliporto do Hospital Eduardo Santos Silva (ULSGE), em Vila Nova de Gaia, que deveria estar pronto em dezembro, tem nova data de entrada em vigor. A dotação da infraestrutura para receber helicópteros militares ditou o atraso da obra.
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A cerca de 30 metros de altura e no topo do edifício de urgência está a ser construído o heliporto do Hospital Santos Silva que estará operacional no mês de maio. A estrutura metálica entraria em funcionamento em dezembro transato, mas a adaptação da mesma para a aterragem de helicópteros militares, além dos de emergência médica, obrigou ao reforço da infraestrutura que está em construção desde o início de 2024.
“Durante a empreitada (...) expusemos o projeto à Força Aérea e houve um entusiasmo direto no sentido de avaliar o mesmo. Depois de revisto, percebemos que havia um limite de tonelagem do peso dos helicópteros da Força Aérea , que é muito maior daqueles que operam na aviação civil, e que apesar de estar ainda dentro dos parâmetros de segurança do heliporto, achamos por bem reforçar a estrutura”, esclareceu ao Porto Canal Rui Guimarães, Presidente do Conselho de Administração daquela unidade de saúde, acrescentando que a sinalética é outro dos parâmetros que está a sofrer alterações.
Neste momento, os trabalhos centram-se na montagem de escadas de emergência e na instalação da iluminação. Finalizada a obra, prevista para o mês que antecede o verão, seguir-se-á um período de testes e a validação final da ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil.
“Não estamos livres que, no momento da inspeção final, encontrem alguma coisa que seja preciso corrigir ou alterar e essa data possa ter que ser alterada, mas a nossa previsão será para que no final do primeiro semestre deste ano termos o heliporto a operar”, realça o dirigente do Hospital de Gaia.
A infraestrutura, cujo prato mede 30 metros, já foi inclusive sobrevoada “por aparelhos da Força Aérea” para se apurar “os cones de aproximação” e os eventuais “impedimentos visuais”.
O projeto orçado em quase 1.5 milhões de euros não sofreu um excedente orçamental considerável. “Não é um valor significativo e não é impeditivo de o fazermos (...) seria [significativo] se o heliporto já estivesse pronto”, assegura o médico.
Ligação à urgência em 30 segundos
Nos dias de hoje, um doente que necessite de ser helitransportado para o Hospital Santos Silva recorre à pista do Quartel da Serra do Pilar, situação que, na opinião de Rui Guimarães, “é pouco frequente”, uma vez que a estrada de acesso à unidade hospitalar “é tudo menos confiável”.
Com a entrada em funcionamento do heliporto, mal o helicóptero aterre o doente é transportado para um elevador situado a escassos metros da pista e, sem mudar de maca, chegará à sala de emergência em apenas 30 segundos.
O percurso será assegurado por elementos médicos e uma equipa de prevenção de bombeiros previamente formada.
Heliporto operacional 24 horas por dia
O equipamento estará funcional 24 horas por dia, sete dias por semana, “porque os acidentes não escolhem data, nem hora”.
Rui Guimarães acredita que o heliporto será “muito utilizado” e irá preparar a ULS Gaia Espinho “para as próximas décadas”. “Dispor deste equipamento é extremamente importante”, conclui.