Porto acaba com o +Perto, transporte a pedido que levava utilizadores até ponto de autocarro ou metro

Porto acaba com o +Perto, transporte a pedido que levava utilizadores até ponto de autocarro ou metro
| Porto
Porto Canal/ Agências

O Porto acabou com o serviço de transporte a pedido +perto, gerido pela STCP Serviços, pois este projeto-piloto de mobilidade lançado pela autarquia não atingiu os objetivos propostos, disse esta terça-feira fonte da empresa à Lusa.

"O serviço +perto, lançado em abril do ano passado como um projeto-piloto, foi desenvolvido para testar um modelo de transporte flexível. Contudo, verificou-se que os objetivos definidos não foram alcançados, levando à decisão de encerrar o projeto", refere fonte oficial da STCP Serviços em resposta à Lusa.

A Lusa questionou a STCP Serviços após constatar que o 'site' do serviço já não estava disponível, quer dentro da página da Internet da empresa, quer na página própria www.mais-perto.pt.

Questionou ainda quantas pessoas utilizaram o serviço nos primeiros seis meses do projeto-piloto, ou em períodos posteriores, no total e em média diária, mas não obteve resposta.

Em causa estava um sistema de transporte a pedido destinado a áreas onde a rede de transporte convencional enfrenta restrições de acesso devido à largura das vias e à dimensão dos autocarros.

O projeto-piloto englobava um período de experimentação de seis meses, ao fim do qual seria reavaliado.

Por um euro, os utilizadores podiam pedir um táxi que os ligasse a 50 pontos '+perto', até um máximo de 2,5 quilómetros, podendo depois também apanhar os autocarros da STCP.

De acordo com a página oficial do município porto.pt, no início do serviço era necessário fazer uma reserva com quatro horas de antecedência, algo que foi alterado no final de maio para um mecanismo de reservas imediatas.

Em outubro, o serviço chegou a oferecer duas viagens gratuitas a todos os utilizadores, mesmo que já o tivessem utilizado, segundo a página porto.pt.

À data, o município afirmava que "a iniciativa, implementada enquanto projeto-piloto, em abril de 2024, veio complementar a rede de transportes e melhorar a mobilidade na cidade e foi prolongada".

Porém, acabou por ser descontinuada entretanto.

Os cerca de 50 pontos de paragem do serviço estavam identificados com postaletes por toda a cidade, um investimento que custou 13.500 euros à STCP Serviços, de acordo com o portal de contratação pública Base.

A proposta para a criação do projeto-piloto foi levada à reunião do executivo pelo presidente da Câmara, Rui Moreira, em abril, e destinava-se exclusivamente a residentes do município e titulares do cartão Porto.

À data, o executivo municipal incumbiu a STCP Serviços de desenvolver um projeto para avaliar os modos e modelos de transporte de passageiros "mais adequados à procura, economicamente sustentáveis e racionais", nomeadamente o transporte flexível a pedido, que chegaria a zonas "onde existe uma procura potencial" e ligaria ao restante sistema de transportes.

Segundo Rui Moreira, a STCP Serviços desenvolveu um projeto-piloto baseado neste conceito de transporte flexível e a pedido "sem horários pré-estabelecidos, de complemento e não concorrente, à rede de transporte público pesado de passageiros", com recurso a táxis.

Em termos de transporte a pedido, o Porto conta assim, atualmente, apenas com o serviço Táxi Saúde +65, também gerido pela STCP Serviços, direcionado a residentes com 65 ou mais anos que sejam titulares do cartão Porto., e que "tem registado uma procura crescente", segundo a empresa.

O serviço assegura "deslocações entre as residências dos utilizadores e estabelecimentos de saúde públicos e privados por um custo acessível" e está disponível 24 horas por dia.

+ notícias: Porto

“Baratas e ratos por todo o lado”. Edifício em ruínas na Praça dos Poveiros é uma ameaça para os negócios

É impossível pensar na Praça dos Poveiros, no Porto, e não se lembrar dos cheiros intensos da comida ou das centenas de pessoas que, todos os dias, ali se sentam para saborear o melhor da cidade. Porém, ao lado deste cenário, persiste um edifício devoluto, em ruínas há décadas, que se arrasta sem qualquer ação por parte do proprietário. E a situação não é apenas uma questão de degradação estética: os comerciantes da zona queixam-se de problemas constantes com a proliferação de bichos e um risco iminente para a segurança de quem por ali passa.

Tribunal permite a operadores turísticos circular no centro do Porto sem restrições

O Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto aceitou a providência cautelar interposta por 12 operadores turísticos contra o município do Porto e determinou a suspensão das restrições no centro histórico para estas empresas, foi esta quarta-feira revelado.

Câmara do Porto inicia renovação do Passeio das Virtudes no âmbito da Rede 20

A Câmara Municipal do Porto vai iniciar na segunda-feira a obra de renovação da zona do Passeio das Virtudes para dar prioridade aos peões e à mobilidade suave, no âmbito da Rede 20, que deverá estar concluída em maio.