Emigrante constrói “bunker solidário” em Guimarães para prevenir catástrofes
Porto Canal
Rui Ribeiro construiu um abrigo subterrâneo em Guimarães devido ao sentimento de “vulnerabilidade” que surgiu na época da pandemia da COVID19 e se intensificou com o início da Guerra na Ucrânia. A estrutura, edificada em 2022, está capacitada para proteger uma família de um desastre natural ou de um ataque nuclear.
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É a oito metros de profundidade que se situa o bunker de Rui Ribeiro. Depois de ter estado emigrado em França, o empresário dedicou-se à construção de “bunkers solidários”, a preços acessíveis, em Guimarães, a cidade de onde é natural.
O emigrante construiu o primeiro abrigo no período pandémico para “proteger a família” e “pelo receio que não houvesse abastecimento de alimentação na cadeia alimentar”. Esta foi a forma que encarou para procurar segurança e é esta premissa que molda o seu objetivo de negócio.
No interior da estrutura é possível encontrar condições e ferramentas que permitem a sobrevivência humana, como é o caso dos filtros regeneradores que purificam o ar, uma bomba de água filtrada e comunicação via satélite, além de câmeras de vigilância que possibilitam monitorizar em tempo real o que está a acontecer ‘no mundo real’. Com uma porta de acesso a pesar cerca de três toneladas e uma dimensão total de 20 metros quadrados, uma família pode estar protegida de catástrofes até pelo menos um mês.
Para a maioria dos portugueses, a necessidade de ter um “abrigo” não é algo que se torne numa realidade, mas para o emigrante, “a visão de futuro” passa “pela prevenção”. Para que mais “abrigos subterrâneos” sejam construídos, Rui Ribeiro diz que “é necessário o apoio das câmaras e a respetiva cedência de terrenos”. Alguns países europeus, já adotaram esta “opção de sobrevivência”, como é o caso da Suiça que desde a Guerra Fria já construiu mais de 400 mil bunkers.