Nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto constituída em 13 de janeiro
Porto Canal / Agências
A nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), que vai gerir a rede Unir e o sistema de bilhética Andante, vai ser constituída em 13 de janeiro, revelou esta sexta-feira a primeira secretária da Área Metropolitana, Ariana Pinho.
"Desta sexta-feira a um mês", disse várias vezes Ariana Pinho na reunião do Conselho Metropolitano do Porto, durante a intervenção do presidente da Câmara de Gondomar e futuro presidente da TMP, Marco Martins, que ressalvou que não lhe competia "anunciar datas", mas sim ao presidente do Conselho Metropolitano, Eduardo Vítor Rodrigues, que não esteve na reunião desta sexta-feira.
"Estamos a fechar a questão da sede. Já foi feita uma auscultação com todos os trabalhadores, quer da AMP, quer da TIP [Transportes Intermodais do Porto], para ver quem pode transitar, quem quer transitar, e em que condições, e neste momento estamos a juntar documentos para no início de janeiro fazermos a escritura de constituição", disse Marco Martins durante a sua intervenção.
Segundo o autarca de Gondomar e futuro presidente da TMP, a empresa vai arrancar de uma forma que "não gostaria", que é "fisicamente separada".
"Ou seja, uma parte na AMP e outra parte na TIP, porque não há no mercado instalações físicas suficientes para, de imediato, albergar toda a estrutura de recursos humanos", explicou Marco Martins.
Dia 13 de janeiro será "o dia zero" da TMP, podendo a partir daí a empresa fazer "reuniões que só podem ocorrer formalmente a partir desse dia, quer com os operadores, quer com os municípios".
"A primeira prioridade é pôr os autocarros a funcionar e cumprir horários", reiterou, estabelecendo que "no limite" em fevereiro a empresa deverá estar a funcionar.
Durante a reunião desta sexta-feira dos autarcas da AMP foi também aprovado o contrato interadministrativo de delegação e partilha de competências entre a AMP, seis municípios e a STCP, mas sem referência a compromissos futuros, tal como foi proposto em Gondomar.
Foi ainda aprovado o orçamento para 2025 da AMP, mas a "componente principal" do orçamento, segundo o vice-presidente da AMP Jorge Vultos Sequeira, passará para a TMP, uma vez que se trata da receita da bilhética da rede Unir e do programa do Estado para redução das tarifas dos transportes públicos.
Paralelamente, "a Comissão Executiva está a elaborar um estudo de reestruturação orgânica da Área Metropolitana do Porto, para a capacitar e a tornar mais eficiente", depois de a AMP ficar sem a gestão direta dos transportes, que passará para a TMP, disse Jorge Vultos Sequeira aos jornalistas.
Segundo Ariana Pinho, foi contratada uma empresa externa para o fazer, e a proposta deverá ser apresentada em fevereiro.