A 5.ª jornada da fase de liga da Liga Europa levou o FC Porto até Bruxelas, na Bélgica, onde os Dragões vão medir forças com o Anderlecht (quinta-feira, 17h45, Sport TV). Reconhecendo que os azuis e brancos estão “no fio da navalha” depois de quatro pontos somados nas primeiras quatro jornadas, Vítor Bruno quer que a equipa perceba “o que nunca foi feito aqui”, entrando “forte”, mas “humildes e respeitando o adversário”. “Temos de transformar em revolta aquilo que não temos feito ultimamente”, acrescentou, entre outras coisas, o treinador portista.

 

 

 

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A deslocação a Bruxelas
“O nosso objetivo é terminar esta jornada com sete pontos, que já devíamos ter nesta altura. Queremos entrar forte, mas humildes e respeitando ao adversário, sem nunca deixar de olhar para aquilo que somos e impondo aquilo que é nosso.”

Zero vitórias e zero golos em casa do Anderlecht
“Esse é o propósito que tem de nos guiar, perceber o que nunca foi feito aqui. O FC Porto nunca venceu e nunca fez golos, por isso queremos deixar uma marca positiva e acreditamos muito nosso trabalho, temos uma crença inabalável naquilo que fazemos diariamente. Há ciclos menos positivos e agora tocou-nos a nós. Desportivamente, o rosto visível sou eu e o ónus recai em mim, mas durmo de consciência tranquilo porque dou tudo pelo FC Porto e faço tudo para que o FC Porto ganhe.”

A vida de treinador
“Qualquer treinador tem sempre o lugar em risco. Os adeptos querem muito ganhar, mas não mais do que nós. Queremos que amanhã eles possam sair do estádio com um sorriso na cara, pois sabemos como são apaixonados e como sentem o clube. Esse tem de ser o nosso sentimento amanhã. Temos de transformar em revolta aquilo que não temos feito ultimamente. Sou muito prático, sei qual é a minha profissão. Tenho cinco meses como treinador principal, mas tenho uma vida inteira ligada ao futebol profissional. Sei em quem recai a culpa quando os resultados não aparecem. O que quero é ver uma equipa de sorriso na cara, pois os jogadores trabalham muito, são muito sérios e muito apaixonados pelo treino. Detesto perder ou empatar e sou viciado em ganhar.”

As palavras do presidente André Villas-Boas
“Vi os títulos, mas não ouvi e por vezes a forma é diferente do conteúdo. O presidente fez o que achou que devia fazer, é o líder máximo do clube e tenho muito respeito, pois defende intransigentemente os interesses do clube. Andamos de mãos dadas, alinhados e sempre com o desejo de que o FC Porto ganhe.”

As contas na Liga Europa
“Estamos no fio da navalha e queremos muito ganhar, mas a prova não acaba amanhã. Estes dias foram duros, mas trabalhámos com energia total. Amanhã é um desafio importante para nós e o nosso único pensamento é a vitória.”

À procura de novos líderes
“Têm que aparecer rapidamente novas lideranças no balneário, os jogadores sabem disso, tenham 17 ou 37 anos. Têm que aparecer novas lideranças que possam agarrar a equipa em determinados momentos, mas isso não acontece de um momento para o outro, é preciso tempo.”