S. Pedro do Sul, 28 ago (Lusa) - A Câmara de S. Pedro do Sul anunciou hoje que interpôs no Tribunal de Viseu uma providência cautelar contra o Ministério da Educação, de forma a evitar o encerramento de três escolas básicas do concelho, em setembro.

De acordo com o presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, o encerramento das escolas básicas de S. Félix, Serrazes e Valadares "não foi discutido com a autarquia", à semelhança do que aconteceu com outras cinco que irão encerrar no próximo ano letivo.

Foram negociados os encerramentos nas escolas básicas de Fermontelos, Olivais (Bordonhos), n.º 1 de S. Pedro do Sul (antiga), Várzea e das Termas.

"Inicialmente foi negociado com a Direção-Geral de Educação o fecho de cinco escolas, com que concordamos. No entanto, à nossa revelia, decidiram encerrar mais três, o que não aceitamos", alegou.

A providência cautelar contra o Ministério da Educação e Ciência, referente aos encerramentos das escolas básicas de S. Félix, Serrazes e Valadares, deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu a 22 de agosto.

Com esta providência cautelar pretendem "suspender o despacho do secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, que tendo proferido que concordava com a proposta efetuada no procedimento de reordenamento da rede escolar do 1.º CEB - ano 2014/2015, posteriormente e unilateralmente o alterou".

"O que está em causa é o encerramento de escolas em localidades que vão ficar cada vez mais isoladas. Na Escola Básica de Serrazes estão inscritos 22 alunos, não sei porque pretendem o seu fecho!", lamentou o autarca.

Vítor Figueiredo diz que o encerramento destas três escolas vai obrigar a que os alunos tenham de deslocar-se, levantar-se mais cedo e chegar mais tarde a casa.

"Também vai criar mais desemprego, dos seus professores e auxiliares, para além de trazer mais problemas e preocupações aos pais e familiares. No fundo, vem desertificar ainda mais o nosso interior ", concluiu.

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