Pereiro (Mação) quer ruas floridas reconhecidas como Património Cultural Imaterial

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Porto Canal / Agências

Mação, 28 ago (Lusa) -- A aldeia do Pereiro, no concelho de Mação, quer que a sua festa das ruas floridas seja classificada como Património Cultural Imaterial Nacional, estando a recolher documentos e testemunhos de suporte ao processo durante toda esta semana.

António Maia, da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa do Pereiro, disse à agência Lusa que a recolha documental (por vídeo e fotografia) e de testemunhos está a ser feita com a colaboração da Câmara e do Museu Municipal de Mação, num esforço para obter o reconhecimento de uma festa de longa tradição através da classificação não só das ruas enfeitadas com flores mas também da romaria em honra de Nossa Senhora da Saúde.

"A procissão, que este ano se realiza às 18:00, depois da missa, pelas ruas floridas é um momento importante, que comove", disse António Maia.

As festas das ruas floridas -- a aldeia tem, desde terça-feira, "jardins suspensos" em 20 ruas e largos -- estão a atrair milhares de pessoas ao Pereiro, numa afluência que a organização não esperava e que atribui em parte ao facto de, este ano, ser a única festa do género a acontecer no país.

António Maia disse à Lusa que a tradição remonta à época em que a aldeia vivia da recolha da resina e dos pinheiros. Por esta altura, os resineiros "deitavam o olho" aos pinheiros mais direitos, que cortavam à noite sem que o proprietário soubesse, transportando-os até à aldeia com a ajuda dos rapazes.

Os pinheiros eram transformados em arcos que eram depois enfeitados com flores, numa tradição que, na década de 1970, veio dar origem à decoração das ruas com flores naturais. Seguiram-se as flores de papel e, mais recentemente, de plástico, material mais difícil de trabalhar mas mais resistente, por exemplo às chuvadas que costumam ocorrer nesta altura.

"Em cada rua as pessoas decidem as flores e as cores que querem usar e dizem à associação que quantidades querem. Assim que a festa de um ano acaba, começam logo a trabalhar para o ano seguinte", disse, sublinhando que todo o plástico usado segue depois para reciclagem.

As festas terminam no domingo com a romaria a Nossa Senhora da Saúde, cuja procissão tem a particularidade de o andor ser transportado por 16 pessoas que, em momentos difíceis da vida, fizeram a promessa de o transportar, adiantou António Maia.

MLL // ZO

Lusa/fim

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