Esta segunda-feira foi dia de Gonçalo Borges e Gonçalo Ribeiro regressarem a uma casa que bem conhecem. Os dois jogadores do plantel principal do FC Porto partilharam memórias sobre o percurso escolar no Colégio Júlio Dinis e deixaram conselhos à plateia composta por atletas das camadas jovens do clube que estudam naquela instituição, uma iniciativa inédita a pensar no presente e futuro do ouro da casa.

Para Gonçalo Ribeiro, que só abandonou o colégio há um ano e ainda tinha colegas entre os ouvintes, “foi muito especial” voltar ao local onde se formou e foi “feliz”. “Gostei muito de ter esta palestra para passar o que senti quando estive cá e para eles aprenderam um pouco comigo”, afirmou ainda o guarda-redes antes de confessar que a disciplina em que teve mais dificuldades foi “o português”.

Gonçalo Borges começou por elogiar “as pessoas” que fazem daquele estabelecimento de ensino uma referência e salientar que é agradável “ver caras familiares” que o “acolheram tão bem e ajudaram no processo de crescimento enquanto homem”. Na palestra, o extremo partilhou “dores, tristezas, alegrias e que é importante aliar a escolaridade à nossa vida porque dá uma visão diferente do que é o futebol”.

No final, José Tavares, diretor da formação, alertou os mais novos para o privilégio que têm em frequentar “duas das melhores entidades a nível nacional” e foi claro sobre o caminho a seguir no futuro: “Educação, dedicação e compromisso são os pilares fundamentais para serem jogadores à Porto. Têm aqui dois exemplos de que é possível chegarem à equipa principal”.

Gonçalo Ribeiro
“Para mim foi muito especial voltar ao Colégio. Saí de cá há pouco tempo, mas é sempre bom voltar a uma casa onde fui feliz. Gostei muito de ter esta palestra para passar o que senti quando estive cá e para eles aprenderam um pouco comigo. A disciplina que me dava mais dores de cabeça era o português. A dedicação e o foco são essenciais, tanto no futebol como na escola. É a mensagem mais importante.”

Gonçalo Borges
“Quando vinham os jogadores, era um motivo de alegria. É muito bonito regressar ao Colégio Júlio Dinis. Mudaram a localização, mas não se trata do sítio e sim das pessoas. É especial vir aqui, ver caras familiares que me acolheram tão bem e me ajudaram no processo de crescimento enquanto homem. É bom partilhar com estes rapazes dores, tristezas, alegrias e que é importante aliar a escolaridade à nossa vida porque dá uma visão diferente do que é o futebol. A disciplina que mais trabalho me deu foi geografia, não gostava. Sonhar dá direção a tudo o resto na nossa vida.”