Fogo em Águeda "dominado em todas as frentes"

Fogo em Águeda "dominado em todas as frentes"
Lusa
| Norte
Porto Canal/Agências

O incêndio em Águeda, no distrito de Aveiro, está “dominado em todas as frentes” desde as 00h30, revelou à Lusa o presidente da câmara.

"Há cerca de meia hora foi considerado dominado em todas as frentes", avançou o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida.

Num balanço realizado pelas 21h30 no centro de comando distrital em Oliveira de Azeméis, o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre, explicou que, relativamente ao incêndio na zona de Águeda, houve “uma rotação do vento” para sul, algo que "foi bastante positivo para o combate".

“Temos, neste momento, máquinas de rasto a trabalhar na zona de Cumeada, virado a Sever do Vouga, e aquilo que estamos a tentar é fechar toda essa zona e esse flanco, garantindo que este incêndio deixa de ter qualquer tipo de capacidade para fazer essa transposição dessa linha de cumeada”, explicou Silvestre.

Destacando que quarta-feira "foi um dia bom", o comandante adiantou que também que os incêndios de Albergaria-a-Velha e de Oliveira de Azeméis já estavam em resolução e que os trabalhos na frente de Sever do Vouga corriam "de forma muito favorável”.

“Conto durante a noite (...), e não muito tarde, dar o incêndio de Sever do Vouga também em resolução, se correr tudo como previsto”, afirmou Silvestre.

O vice-presidente da Câmara de Sever do Vouga, Paulo Nogueira, disse à Lusa que o combate ao incêndio evoluiu favoravelmente e que neste momento há apenas uma frente ativa na zona de Felgares, na União de Freguesias de Silva Escura e Dornelas, que apresenta "baixa preocupação" e que deverá entrar, entretanto, em fase de resolução.

"Todas as outras três frentes estão em fase de resolução", acrescentou Nogueira.

Num balanço realizado ao início da tarde de quarta-feira sobre os fogos no distrito de Aveiro, o segundo comandante da ANEPC disse que o incêndio em Sever do Vouga estava a evoluir de forma “muito favorável” e poderia “a breve trecho” entrar em fase de resolução.

No distrito de Aveiro lavram desde domingo quatro grandes incêndios com um perímetro global de 300 quilómetros.

Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, às 19h30 de quarta-feira, 34 incêndios ativos, sendo que destes 18 assumiam uma dimensão “significativa” e mobilizavam mais meios. No combate a estes 18 incêndios estavam envolvidos 2.434 operacionais, apoiados por 734 meios terrestres e 23 meios aéreos.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.

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