Amarante com três fogos e frentes ativas próximas de casas

Amarante com três fogos e frentes ativas próximas de casas
| Norte
Porto Canal / Agências

Três incêndios lavram na tarde desta terça-feira em Amarante, no distrito do Porto, em zonas distintas do concelho, com várias frentes, algumas das quais próximas de zonas residenciais, segundo a proteção civil municipal.

Os dois principais incêndios lavram nas zonas da serra da Aboboreira e de Vila Meã, ambos os casos com áreas residenciais nas proximidades.

Fonte da proteção civil disse à Lusa que os meios de combate são insuficientes e têm estado concentrados junto às zonas com casas e empresas, tendo já acontecido “situações muito complicadas” desde a madrugada desta terça-feira.

“O vento está imprevisível e projeta o fogo em várias direções. Isto torna a situação muito difícil”, contou.

O incêndio na zona da Aboboreira, que deflagrou às 02h55, compreende as freguesias de Carneiro, Carvalho de Rei, Bustelo, Gouveia e São Simão, sendo combatido às 18h45 por 46 bombeiros e 18 viaturas.

O incêndio na zona de Vila Meã, cujo alerta foi dado às 10h47, já atingiu as localidades de Travanca, Mancelos, Figueiró e Oliveira, que são densamente povoadas.

Oliveira era, às 18h45, a zona mais preocupante. Também ali, segundo a fonte, os bombeiros têm procurado proteger as pessoas e os seus bens, estando no terreno 38 bombeiros, apoiados por 16 viaturas.

Um terceiro incêndio, já controlado, na zona da Chapa, Vila Garcia e Aboim, provocou estragos nas antigas instalações de uma empresa e esteve muito próximo de habitações.

Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram esta terça-feira num acidente quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.

Esta terça-feira, cerca das 17h30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registava 180 ocorrências, envolvendo mais de 6.300 operacionais, apoiados por 1.900 meios terrestres e 39 meios aéreos.

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