Ativado plano Distrital de Emergência e Proteção Civil do Porto
Porto Canal/ Agências
O Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil do Porto foi ativado esta terça-feira na sequência da “grave situação” desencadeada pelos incêndios florestais que estão em curso nos concelhos de Baião, Paredes, Santo Tirso e Gondomar, informou esta terça-feira a Proteção Civil.
A informação foi avançada pelo presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil e presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que reuniu esta terça-feira aquele organismo de emergência devido à gravidade da situação na Área Metropolitana do Porto.
“Vai ser ativado o Plano Distrital de Proteção Civil devido à situação preocupante em concelhos Baião, Paredes, Santo Tirso e Gondomar. Não há meios, não há meios de reforço já. Os bombeiros estão há mais de 24 horas no terreno, estão esgotados, e os meios aéreos não podem atuar por causa do fumo”, adiantou em declarações à Lusa.
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Neste momento, avançou ainda Marco Martins, há várias autoestradas e a Linha do Douro está interrompida desde Marco de Canaveses até à Régua.
O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil avança ainda que desde segunda-feira há registo de sete bombeiros feridos e informação, ainda por confirmar, "de casas que terão sido ligeiramente afetadas", avançou à saída da reunião daquele organismo.
O autarca deixou ainda um apelo à população do concelho para que mantenha a calma e que evite circular.
Mais de cinco mil operacionais e 21 meios aéreos estão esta manhã envolvidos nas operações de combate e rescaldo dos incêndios que desde domingo provocaram quatro mortos e 40 feridos, obrigando a deslocar uma centena de pessoas por prevenção.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 09h00 estavam 23 incêndios rurais ativos, com maior incidência e motivando maior preocupação na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.
Desde domingo, as chamas chegaram aos distritos do Porto, em Gondomar, de Braga, em Cabeceiras de Basto, de Viseu, em Penalva do Castelo e Nelas (com seis feridos), e de Castelo Branco, em Louriçal do Campo. Mas foi o distrito de Aveiro, com 10 mil hectares já ardidos, o centro dos maiores focos de incêndio, em Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que teve esta terça-feira a sua primeira reunião em Aveiro.