Durante um mês, comércio no Porto está “Fora do Sítio”

Durante um mês, comércio no Porto está “Fora do Sítio”
Alexandre Matos | Porto Canal
| Porto
Alexandre Matos

Óculos em livrarias e mercearias, café em lojas de roupa e instrumentos musicais em joalherias. Durante um mês, as montras de 16 lojas tradicionais na cidade do Porto unem-se em duplas improváveis para estabelecer “sinergias entre estabelecimentos comerciais” servindo de “estímulo ao comércio local” num programa promovido pela Câmara do Porto.

Entre 26 de agosto e 25 de setembro, o comércio está “Fora do Sítio” nas ruas do Porto. Oito lojas com selo “Porto de Tradição”, o programa municipal de apoio ao comércio tradicional, trocam produtos com outras oito lojas da cidade nas respectivas montras.

 
 
 
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“É interessante, chama muito à atenção de quem passa”, diz ao Porto Canal Teresa Soares, da livraria Alfarrabista.eu, que tem à entrada da loja material da Adão Oculista.

“As pessoas acham estranho uma livraria ter óculos na montra, e voltam atrás para ver e comentar. Faz com que as pessoas que normalmente não reparam na loja voltem atrás e fiquem a debater”, acrescentou. Teresa acha a ideia “extremamente gira”, e comentou que já perguntaram na livraria “se vendemos os produtos da oculista que temos na montra”.

A experiência é partilhada também por Helena Machado, da mercearia O Pretinho do Japão. Diz também que já lhe tentaram comprar a camisa da loja vintage Mon Père que tem pendurada na montra, e que a experiência tem sido positiva. “É uma forma de divulgarmos”, afirma, e que, sendo algo diferente, “nunca saímos a perder com estas iniciativas”.

É o sentimento generalizado da grande maioria das lojas que na Baixa do Porto integram esta iniciativa camarária, ainda que os efeitos para o comércio em si sejam reduzidos, admite a grande maioria dos comerciantes.

“Acho ótimo”, diz também Alexandre Machado, da Machado Joalheiro, que tem na vitrine um violino da Oficina dos Violinos. “Vem dinamizar o comércio tradicional, que tanto precisa, e é uma oportunidade de mostrar os produtos de cada loja através deste intercâmbio”.

Alexandre confessa também que “pelo menos para nós o importante é a visibilidade e a notoriedade” que a campanha da autarquia aporta, muito pela comunicação e divulgação feita pelos canais municipais. “Estamos muito contentes”, remata.

Para além da troca de produtos entre montras - que são executadas por vitrinistas profissionais -, existe também a possibilidade de ganhar prémios. Todas as lojas apresentam no interior um código QR Code, podendo os clientes de cada parelha de lojas fazer a inscrição através do mesmo, ganhando assim entrada num sorteio que vai ter lugar no final da iniciativa. Os prémios incluem bilhetes para alguns dos principais pontos culturais da cidade.

As trocas de objetos estão a ocorrer entre a Machado Joalheiro e a Oficina dos Violinos, a Casa Hortícola e a Óptica Boavista, a Casa Chinesa e a Óculos para Todos, a Ourivesaria Eduardo Carneiro e a Farmácia Moreno, a Farmácia Vitália e a MÙI Gourmet, a Farmácia Lemos e a Coquine Jewelry, O Pretinho do Japão e a Mon Père e a Adão Oculista e o Alfarrabista.eu.

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