Venezuela alarga às farmácias controlo de compras através da impressão digital

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Porto Canal / Agências

Caracas, 26 ago (Lusa) - As autoridades venezuelanas anunciaram hoje que vão alargar às farmácias o sistema de controlo biométrico em implementação nos supermercados públicos e privados para controlar as compras recorrentes do mesmo produto e combater o contrabando.

O anúncio foi feito pelo superintendente nacional de Preços Justos, Andrés Eloy Méndez, que disse estarem a decorrer conversações com várias das principais redes de farmácias do país.

A 19 de agosto último as autoridades venezuelanas anunciaram a instalação de um sistema de controlo biométrico nos supermercados públicos e privados para controlar as compras recorrentes do mesmo produto pelo mesmo cliente e combater o contrabando.

O sistema deverá estar em funcionamento até ao final de novembro e visa também combater a economia paralela.

O sistema biométrico consiste na atribuição de um cartão numerado com os dados do cliente, que estará associado às suas impressões digitais e à base de dados de cidadãos, do Conselho Nacional Eleitoral.

A instalação do sistema continua a ocasionar reações, a favor e contra, em diversos setores da sociedade venezuelana, com os opositores do executivo a questionarem a efetividade da medida no combate ao contrabando.

Para o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski, o mecanismo constitui "um racionamento já formalmente instalado, pelo que os venezuelanos devem erguer-se para lutar pelos seus direitos".

Por outro lado o autarca Henry Falcón, da oposição, é da opinião que a instalação do leitor de impressões digitais "não resolverá o problema de desequilíbrio" no abastecimento de produtos no país.

Entre as vozes discordantes está também o Partido Social Cristão Copei, que desafiou o Governo a criar um "cartão de compensação que implique o acesso real a produtos básicos" que escasseiam no país.

No passado dia 11, a Venezuela enviou pelo menos 17.000 militares para a fronteira com a Colômbia, no que representou uma de várias medidas para combater o contrabando de bens essenciais e de combustível, que gera prejuízos aos dois países.

O envio dos militares aconteceu horas antes de a Venezuela encerrar, pela primeira vez, a fronteira para combater o contrabando de produtos, num gesto contestado pelas autoridades colombianas.

Entretanto as autoridades venezuelanas proibiram o trânsito, pelo território nacional, de vários alimentos, bens de higiene pessoal, medicamentos, textos escolares, materiais para a construção civil, e produtos terminados, com fins de exportação.

FPG // JPS

Lusa/Fim

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