Candidata à federação do PS/Braga diz estar a ser alvo de "assassinato político"
Porto Canal
A candidata à Federação Distrital do PS-Braga Maria José Gonçalves acusou hoje a candidatura de Joaquim Barreto de ultrapassar "tudo que é admissível" e considera estar a ser alvo de um "assassinato político" por ter "preocupado" muitos "barões".
Esta tarde, em conferência de imprensa, a candidata à sucessão de Fernando Moniz comentou assim o "folhetim" à volta da existência de militantes mortos com quotas pagas nos cadernos eleitorais da concelhia socialista na qual é militante considerando que este é um argumento "insensível, insensato e indecorosamente utilizado" até porque, esclareceu, "confirma-se" que ocorreram "mesmo em terras ditas controladas" pela candidatura de Barreto.
Segundo um dos apoiantes de Maria José Gonçalves e presidente da concelhia socialista da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, a posição assumida pela candidatura de Joaquim Barreto revela "desespero" perante um "cenário desfavorável" no dia 06 de setembro.
"A minha candidatura desde cedo começou a preocupar barões, quando começou a ganhar lastro, com a adesão de milhares de militantes. Daí eu esperar por parte dos ditos respeitáveis "dinossauros" mas os meios e os métodos utilizados ultrapassam tudo o que é admissível e decente", afirmou.
Maria José Gonçalves referia-se assim ao "argumento respeitante a registos de quotas pagas a militantes já falecidos", que considerou "insensível, insensata e indecorosamente utilizado na praça pública", apontado pela candidatura de Joaquim Barreto como argumento para pôr em causa a transparência do ato eleitoral marcado para dia 6 de setembro.
A candidata afirmou mesmo que lhe têm sido atribuídas declarações que não proferiu: "Nunca admiti que esses eventuais pagamentos pudessem ter sido feitos por familiares dos falecidos, muito menos como uma espécie de homenagem".
Gonçalves considerou que o "folhetim" à volta desta questão "mais não visa que o assassinato politico" da candidatura que encabeça.
Sobre o aumento de militantes aptos a votar nas 14 concelhias do distrito, Frederico Castro afirmou mesmo que a concelhia na qual Barreto é militante, Celorico de Basto, subiu em 250% o numero de votantes enquanto Vila Nova de de Famalicão (da qual emana Maria José Gonçalves) subiu 149,01%.
"Quando se atiram pedras aos supostos telhados de vidro de vizinhos é bom saber que telhados temos", avisou.
Segundo números adiantados pela candidatura de Maria José Gonçalves todas as concelhias aumentaram o numero de militantes com capacidade eleitoral sendo a concelhia que menos aumentou a de Barcelos (com um aumento de 3,15%) e a que mais aumentou a de Vizela (230,77%) tendo as restantes aumentado mais de 20% de número de militantes, excetuando Braga (12,71%) e Esposende (11,76%).