Trabalhadores de Extração de Areias do Douro criticam instituto portuário

| Norte
Porto Canal / Agências

Porto, 08 jul (Lusa) -- Os Trabalhadores das Empresas de Extração de Areias do Rio Douro agendaram hoje para quarta-feira um protesto contra o IPTM-Douro, que consideram "o principal responsável" pela inexistência de dragagens naquele curso, afetando mais de 200 postos de trabalho.

"Os trabalhadores estão no desemprego, apesar da necessidade urgente de dragagem", refere comunicado da comissão de trabalhadores hoje divulgado.

O presidente da comissão, Arlindo Carneiro, explicou à Lusa estar em causa "um braço de ferro com o diretor do IPTM (Instituto Portuário dos Transportes Marítimos) do Douro, que foi dizendo que era preciso dragagens a jusante da Barragem de Crestuma e agora diz que já não é preciso".

O também encarregado de uma das sete empresas (com 240 trabalhadores) afetadas pela inexistência de dragagens, assegura ter "a certeza" de que as dragagens são necessárias, uma vez que "o canal já até foi desviado para não haver barcos a ficarem presos".

Segundo o responsável da comissão de trabalhadores, a Delegação do Douro do IPTM teria informado a APA-Norte (Agência Portuguesa do Ambiente) para a necessidade "de dragar 600 mil metros cúbicos", o que foi negado por esta entidade.

À Lusa, a APA-Norte disse que "formalmente não tem conhecimento da necessidade de dragagem" e que "só autoriza" esse procedimento "para manter a via navegável", cabendo ao IPTM "apresentar um pedido", o que não sucedeu.

Arlindo Carneiro referiu ainda que a comissão aguarda desde março por uma reunião com o IPTM do Douro e que chegou a propor "a dragagem gratuitamente", ficando porém sem resposta.

O comunicado alerta ainda que "o canal está perigosamente assoreado, constituindo perigo para a navegação" e que "as diversas entidades competentes já foram alertadas para o facto".

Denuncia ainda que "o país está vergonhosamente a importar areia de Espanha", sendo o IPTM-Delegação do Douro "o principal responsável".

O protesto "para denunciar publicamente o problema" está marcado para 10 de julho, pelas 09:30 nas instalações do IPTM-Douro, na Régua.

A Lusa tentou contactar o diretor do IPTM-Douro, mas tal não foi possível até ao momento.

LIL // MSP

Lusa/fim

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