“Habitação no Porto está impraticável”. AMP entre as regiões mais caras para arrendar casa
Porto Canal
Nos últimos anos, Portugal tem enfrentado um problema crescente no mercado imobiliário com os preços da habitação a subirem constantemente.
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Na Área Metropolitana do Porto (AMP), a acessibilidade do preço das rendas, em relação aos rendimentos das famílias tem diminuído, fruto do crescimento económico e da baixa produtividade.
Diante deste cenário, o Porto Canal saiu à rua para saber a opinião dos portuenses acerca das opções e consequentes dificuldades do setor.
Os inquiridos consideram a cidade um local com arrendamentos caros e, devido a isso, e acreditam que morar em casas partilhadas seja uma das poucas alternativas viáveis.
“Hoje estou a viver com várias pessoas, mas não por querer, por questão de opção, porque os arrendamentos estão totalmente caros", afirmou um dos entrevistados.
“Com os ordenados de hoje e com os arrendamentos de hoje, infelizmente a habitação no Porto está impraticável. As pessoas têm que tentar arranjar alojamento na periferia do Porto”, diz Paulo Coelho, outro residente no centro do Porto.
Segundo o Relatório de Estatísticas de Rendas da Habitação do Instituto Nacional de Estatística (INE), a renda mediana dos novos contratos em Portugal aumentou 10,5% e o número de novos contratos cresceu 0,9% no primeiro trimestre de 2024.
Especificamente na AMP, a renda mediana dos novos contratos de arrendamento atingiu 8,11 €/m2, com os municípios de Porto (12,13 €/m2), Matosinhos (10,16 €/m2) e Vila Nova de Gaia (8,61 €/m2) a registar valores superiores à média nacional.