Aberta discussão pública sobre futuro do Aleixo no Porto

Porto Canal/Agências
O período de discussão pública da Unidade de Execução do Aleixo, no Porto, para onde está prevista a construção de edifícios em altura e de um parque verde, iniciou-se esta quarta-feira e prolonga-se até dia 13 de agosto.
Numa nota publicada na sua página oficial, a Câmara do Porto esclarece que os interessados podem apresentar reclamações, observações e sugestões através do portal do munícipe por formulário, presencialmente em papel no Gabinete do Munícipe ou por correio eletrónico.
A informação relativa à Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) do Aleixo, localizada na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, pode ser consultada no 'site' da autarquia.
A UOPG do Aleixo corresponde ao território delimitado pela Rua do Ouro, Rua do Aleixo, Rua da Arrábida, Rua da Mocidade da Arrábida e traseiras dos prédios que facejam com as ruas das Condominhas e da Arrábida.
O executivo da Câmara do Porto aprovou a 12 de junho a abertura da discussão pública da delimitação da UOPG do Aleixo, para onde está prevista a construção de edifícios em altura e de um parque verde.
No final da reunião do executivo, o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, explicou que a solução urbanística “aposta na construção em altura por forma a libertar terreno para zonas verdes e arruamentos”.
O Plano Diretor Municipal (PDM), aprovado em 2021, determinou que a zona do Aleixo é uma UOPG, o que significa que tem de haver concertação entre os proprietários daqueles terrenos, que neste caso são três, um dos quais o município.
“Pelas minhas contas estamos a falar de cinco torres e depois dois blocos mais pequenos”, especificou Pedro Baganha.
Os blocos destinados à autarquia deverão ser para habitação acessível, sublinhou.
“Tendo em consideração que estamos a falar de 14.000 metros quadrados que ficarão na propriedade da câmara, e que não são entregues ao Invesurb - Fundo Especial de Investimento Imobiliário, eu diria que estamos a falar de qualquer coisa entre 140 a 150 focos”, especificou o vereador do Urbanismo.
O bairro do Aleixo era constituído por cinco torres. A torre 5 foi demolida em 2011 e em 2013, no último mandato de Rui Rio como presidente da Câmara do Porto, foi demolida a torre 4.
O processo de desmontagem das três torres restantes arrancou em junho de 2019, tendo ficado concluído ainda antes do cronograma definido, que apontava o fim dos trabalhos para o mês de dezembro.
Em novembro de 2022, a Câmara do Porto aprovou o aumento de capital de participação do Invesurb em 21,48%, acompanhando o aumento com o montante de 483.300 euros.
A quarta modificação ao contrato com o Invesurb - Fundo Especial de Investimento Imobiliário pressupõe que a autarquia construa habitações sociais nas Eirinhas e no Bairro do Leal e o fundo financie a operação.