Município do Porto cria rede de combate à violência doméstica

Município do Porto cria rede de combate à violência doméstica
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Mais de 20 entidades na área da justiça, saúde, emprego, proteção social, forças de segurança e organizações não-governamentais (ONG) e a autarquia celebram, esta quarta-feira, na sede da Câmara do Porto o protocolo de criação da Rede de Referenciação e Intervenção na Violência Doméstica e em Contexto Familiar do Porto.

O autarca portuense, Rui Moreira, sublinhou que “este não pode continuar a ser um crime escondido”, mencionando que “é um trabalho geracional” e que “não pode ser um esforço de um município isolado”.

“Se conseguirmos construir aqui uma rede é absolutamente fundamental, uma exigência, que outros municípios façam a mesma coisa. Infelizmente, o que vemos é que isso não é prioridade de outros, nem da Área Metropolitana do Porto (AMP)”, salientou o Edil.

Para o presidente da Câmara do Porto, “é fundamental, quando se avizinham eleições autárquicas” que esta matéria seja colocada “em primeiro lugar.

Durante a cerimónia, Moreira lembrou os casos de violência doméstica em Portugal caraterizando-os como “um murro no estômago para qualquer pessoa com o mínimo de empatia, compaixão e sentido de justiça”.

A “intervenção e prevenção devem andar juntas no combate à violência doméstica. É indispensável ter meios e técnicos no terreno para apoiar, eficazmente, as vítimas e evitar os crimes da mesma forma que é preciso investir numa mudança transgeracional de mentalidades a partir da escola”, vincou, acrescentando que “a concertação de esforços a nível local é a via mais eficaz de prevenção e combate a este fenómeno social”.

O portuense não deixou de elogiar o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público e forças de segurança, no que concerne à problemática.

O vereador da Coesão Social da Câmara do Porto, Fernando Paulo, também esteve presente no ato de assinatura da nova rede, onde referiu ser “imperativo que nos sensibilizemos para esta realidade inadmissível, unindo forças para combater e erradicar qualquer forma de violência. É preciso garantir a segurança, dignidade de todas as pessoas, independentemente do seu género, idade e condição social".

Segundo o responsável pela pasta da Coesão Social, com a criação da rede está dado o passo para “chegar a formas de cooperação mais eficazes para responder às múltiplas questões e desafios de violência de gênero e doméstica”.

O vice-presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), Manuel Albano, destacou o trabalho implementado na cidade e deixou uma mensagem: "Vamos, agora, arregaçar as mangas e trabalhar para conseguirmos operacionalizar, de uma forma mais estruturada aquilo que se faz neste município".

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