Arranque da operação da carrinha de consumo assistido no Porto permanece uma incógnita

Arranque da operação da carrinha de consumo assistido no Porto permanece uma incógnita
CM Porto
| Porto
João Nogueira

A entrada em funcionamento da carrinha de consumo assistido de droga para o Porto continua atrasada. O Ministério da Saúde ter-se-á esquecido de inscrever em orçamento a verba necessária. A Câmara do Porto garante que cumpriu “escrupulosamente” as condições do acordo com o estado central e sublinhou que não vai avançar com adiantamentos neste processo. Data de arranque permanece assim uma incógnita.

Durante a reunião do executivo municipal desta segunda-feira, a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, questionou o presidente do município sobre o estado do processo da nova unidade móvel anunciada em abril.

“Relativamente à carrinha que nós tivemos que comprar, contra a nossa vontade, até agora não há coisa nenhuma”, respondeu Rui Moreira. Ainda sem uma data certa para chegar, a vereadora Catarina Araújo confirmou que o processo de adjudicação já foi concluído e se encontra em fase de entrega.

Inicialmente, a mesma vereadora avançou que seria uma questão de “um a dois meses” para que a carrinha começasse a circular na cidade. Mas os prazos derraparam e Rui Moreira culpa o Ministério da Saúde, lembrando o processo conturbado do acordo que o município fez com a entidade.

“Este protocolo previa três fases. A primeira é que nós iríamos construir um espaço amovível e que está a funcionar exatamente entre o Pinheiro Torres e a Pasteleira. (...). O assunto foi tão mal tratado que nós, daquilo que era suposto ser um ano, tivemos que pagar mais durante três ou quatro meses”, explicou o autarca, referindo-se ao primeiro ano experimental da sala de consumo vigiado instalada na zona ocidental da cidade.

Numa segunda fase, previa-se a compra da carrinha que o Ministério Público considerou que tinha de ser móvel. “Nós ainda chegámos a propor que ela fosse amovível. Disseram que tinha que ser móvel, o que, a nosso ver, é um grande disparate. Porque tudo o que é fumante, não pode ser utilizado nesse serviço”, sublinhou Rui Moreira.

Questionado pela vereadora do PSD, Mariana Ferreira Macedo, sobre um possível adiantamento do orçamento que seria pago posteriormente pelo Governo, Rui Moreira mostrou-se implacável: “Não confio. A Sociedade do Estado da Saúde está informada desta matéria. O Doutor João Goulão conhece esta matéria de ginjeira. Nós não o vamos fazer outra vez. Nós, já no ano passado, tivemos que arcar com responsabilidades relativamente ao prolongamento, para além do prazo que estava contratualizado”.

Já Maria Manuel Rola do Bloco de Esquerda lembrou do “espaço bastante exíguo para as necessidades” dos trabalhadores na sala de consumo da Pasteleira, e que não é admissível que a mesma esteja a “rebentar pelas costuras”, dependendo do município “essa capacidade de alargamento daquele espaço".

"Se o Ministério da Saúde quiser ampliar aquela sala, eles podem ampliar”, respondeu Rui Moreira, avançando que cedia o espaço para tal ao Ministério.

O autarca acrescentou que se fosse aceite uma unidade amovível na zona oriental da cidade, na Escola do Cerco onde tal foi proposto, a pressão na sala da Pasteleira tinha diminuído consideravelmente.

“O sucesso daquela sala é um sucesso transformado em crise por uma hiperconcentração e por uma mobilidade excessiva que nós não gostaríamos. E que, ainda por cima, está a levar a que as pessoas do bairro comecem a virar contra nós”, disse Rui Moreira, referindo-se que os utilizadores daquela zona estão constrangidos com o “magnetismo de pessoas de fora”.

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