Processos pendentes na Procuradoria-Geral do Porto aumentaram pelo quinto ano seguido 

Processos pendentes na Procuradoria-Geral do Porto aumentaram pelo quinto ano seguido 
Tribunal da Relação do Porto
| Norte
Porto Canal / Agências

As sete comarcas que constituem a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) registaram em 2023, pelo quinto ano consecutivo, um aumento dos processos pendentes, segundo um relatório divulgado esta terça-feira.

De acordo com o relatório anual da PGRP, publicado esta terça-feira na Internet, o ano de 2023 encerrou com 101.064 inquéritos pendentes, mais 13.397 relativamente ao ano anterior.

A PGRP realça que o número de pendências “tem subido de forma vertiginosa”, assinalando que este foi o quinto ano consecutivo em que o número de inquéritos entrados (161.789) superou o dos findos (147.171), ficando o sistema deficitário em 36.379 inquéritos.

A PGRP considera o aumento de processos pendentes “expressivo e muito relevante”, constituindo um “sintoma claro de que o sistema não consegue processar o serviço que se lhe depara”, alertando para a persistência do sintoma e a circunstância de o volume de serviço ter diminuído de 2019 para 2021.

“O sistema encontra-se sob intensa pressão há muito tempo, como é demonstrado pelo aumento sucessivo das pendências e pelo alargamento da duração das mesmas, exercício após exercício, mesmo quando o volume de serviço global diminuiu”, lê-se no documento.

No final de 2023 eram 43.213 os inquéritos pendentes com mais de oito meses (mais 4.690 que em 2022), e 3.571 os inquéritos com data de instauração superior a dois anos (mais 436 do que no ano anterior).

O indicador da duração média dos processos de inquérito da região cifrou-se nos 228 dias incluindo os inquéritos sem arguido conhecido e em 403 dias se da contagem se se excluirem tais processos.

Analisando por procuradoria da república, conclui-se que o registo deficitário é transversal, uma vez que nenhuma delas, nem o Departamento de Investigação e Ação Penal Regional, lograram que o número de inquéritos entrados superasse o dos findos.

O pior resultado registou-se na Procuradoria de Aveiro que tem a mais baixa taxa de resolução de inquéritos (0.88), registando um défice de 12%. Seguem-se Viana do Castelo (10%) e Braga e Porto (9%).

As comarcas apresentam, no seu conjunto, uma taxa de resolução de 0.91, a pior em cinco anos, reveladora de que o sistema continua a não ter capacidade de enfrentar a procura verificada no período e agravando os resultados dos últimos quatro anos.

Na área territorial abrangida pela Procuradoria-geral regional do Porto estavam colocados, em setembro de 2023, 587 magistrados do MP (Procuradores-Gerais Adjuntos e Procuradores da República).

A PGRP inclui as comarcas de Aveiro, Porto, Porto Este, Braga, Bragança, Vila Real e Viana do Castelo.

Administrativamente, a área está dividida em 87 municípios, onde residem 4,2 milhões de pessoas.

+ notícias: Norte

Hospital de Penafiel vai integrar 57 profissionais que tinham contratos a prazo

A Unidade Local de Saúde (ULS) Tâmega e Sousa vai integrar 57 profissionais, incluindo 35 enfermeiros, do Hospital Padre Américo, em Penafiel, que tinham visto os contratos a prazo recentemente terminados, avançou esta sexta-feira a administração.

Camião em chamas corta A3 em Ponte de Lima

A autoestrada A3, em ambos os sentidos, encontra-se cortada ao trânsito automóvel em Pomte de Lima na sequência de um despiste de um veículo pesado, ao final da tarde desta quinta-feira, confirmou o Porto Canal junto do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho.

Dois milhões de euros investidos em habitação social em Arcos de Valdevez

A Câmara de Arcos de Valdevez adjudicou a construção de oito fogos de habitação social em Guilhadeses por 1.094,596,97 euros e abriu concurso público para construir mais oito casas em Souto, pelo preço base de 1.200.149,06, foi esta quinta-feira divulgado. Em comunicado enviado às redações, a autarquia do distrito de Viana do Castelo adiantou que “a construção destes 16 fogos de habitação social, de tipologia T1 e T2, em Souto e Guilhadeses demonstra o compromisso do município em fornecer casas acessíveis para os cidadãos que mais precisam”.