No coração do Porto os carros já voltaram a circular livremente
João Nogueira
Era 2021 e a Praça da Liberdade começava a ser entaipada e o trânsito condicionado para que arrancasse mais uma fase da empreitada da futura Linha Rosa da Metro do Porto. Entre avanços e recuos, deu-se o primeiro sinal esta sexta-feira de que a conclusão das obras está mais perto do que nunca.
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Passaram-se três anos, mas a Metro do Porto cumpriu o compromisso deixado à Câmara do Porto numa reunião privada em janeiro deste ano, de que iria aliviar o estaleiro no centro da cidade a tempo das festividades sanjoaninas.
Entre a Avenida dos Aliados e a Praça Almeida Garrett, o estaleiro reduziu em 70% e foi reaberto o trânsito rodoviário esta sexta-feira.
"Esta desocupação das vias reflete os avanços progressivos nas obras da linha Rosa e o cumprimento do compromisso acordado com a Câmara Municipal do Porto, no sentido de remover os constrangimentos rodoviários nestas zonas antes do dia de São João", salienta, em comunicado, a Metro do Porto.
O recuo do estaleiro nos Aliados é um bom capítulo da obra da Linha Rosa, que tem sido marcada por polémicas entre a Metro do Porto e a autarquia, com base nos atrasos constantes da conceção do novo traçado.
O prazo mais recente que foi dado à Câmara do Porto para a conclusão da Linha Rosa é agosto de 2025. Mas Rui Moreira espera que, dois meses antes, a cidade já esteja apta para que o São João decorra normalmente, com os Aliados a ser o palco principal da romaria.
São João continua condicionado pelas obras
A festa de São João mantém-se, por mais um ano, a decorrer de forma descentralizada, com várias atrações em diferentes pontos da cidade. E se em 2023 o São João tinha como se espalhar, este ano essa logística tornou-se bem mais exigente e complexa.
Precisamente porque agora a rotunda da Boavista está ocupada por estaleiros de obra, também no âmbito da Linha Rosa (ou Circular).
A rotunda despe-se este ano dos divertimentos habituais que atraem milhares de pessoas por esta altura do ano. E a Câmara do Porto sugeriu locais diferentes para que aqueles empresários pudessem faturar na noite mais longa do ano na cidade.
Mas as alternativas não agradaram a todos os empresários. Tal como avança a Renascença, a Associação Portuguesa de Empresários de Diversão confirmou que a Foz e as Fontainhas eram duas hipóteses em cima da mesa, contudo, os empresários afastaram-nas por acharem “incorreto” uma vez que, naqueles locais, já estão alocados “outros colegas”.
Dessa forma, os habituais divertimentos da rotunda da Boavista não vão estar presentes na noite de São João.