Comissão de Utentes promove abaixo-assinado contra fim da comarca Alentejo Litoral

| País
Porto Canal / Agências

Sines, 14 ago (Lusa) -- A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Sines anunciou hoje estar a promover um abaixo-assinado contra a extinção da comarca do Alentejo Litoral, prevista na reorganização do mapa judiciário, defendendo que volte a discussão no Parlamento.

"Consideramos que este assunto deve voltar a ser discutido na Assembleia da República e, por isso, estamos a finalizar a recolha de [assinaturas para] um abaixo-assinado para entregar aos órgãos competentes, para que respeitem os direitos das populações", disse a comissão.

Em comunicado divulgado hoje, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Sines afirmou respeitar a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Administrativo (STA), que rejeitou uma providência cautelar para impedir a extinção da comarca.

Contudo, pode ler-se na nota de imprensa, a comissão "continua a considerar que este assunto não está resolvido".

Trata-se de "uma questão política", tal como o STA referiu, frisou a entidade, insistindo que a medida decidida pelo Governo PSD/CDS-PP "penaliza a população e os trabalhadores de Sines, afastando-os cada vez mais do direito à justiça".

"O encerramento do Tribunal de Trabalho e Família de Sines vai implicar a deslocação das pessoas a Santiago do Cacém" e a extinção da comarca vai obrigar as pessoas a deslocarem-se a Setúbal "para grande parte dos processos".

Sines, segundo a comissão de utentes, "é um dos maiores polos industriais do país", tendo acolhido a criação da comarca-piloto do Alentejo Litoral.

"E nem se esperou para ver resultados. Depois de tanto investimento, pura a simplesmente, fecha-se portas", criticou a comissão, apelando à população para continuar a lutar "em defesa das competências do tribunal de Sines e da atual comarca do Alentejo Litoral".

Na semana passada, o STA anunciou a rejeição da providência cautelar interposta, na forma de ação popular, pela Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) e por um cidadão.

A ação defendia a manutenção da Comarca do Alentejo Litoral, cuja extinção está prevista na reorganização do mapa judiciário 'desenhada' pelo Governo e aprovada pela Assembleia da República.

O STA disse entender que a ação popular é "matéria a ser regulada pela via legislativa" e admitiu a sua "incompetência administrativa" para apreciar "litígios que visem a impugnação de atos praticados no exercício da função pública e legislativa".

De acordo com a nova legislação, que entra em vigor a 01 de setembro, os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines ficam sob a alçada da Comarca de Setúbal, enquanto Odemira transita para a Comarca de Beja.

O Juízo Misto do Trabalho e da Família e Menores de Sines é extinto, passando as suas competências para Santiago do Cacém, e o Tribunal de Alcácer do Sal é convertido numa secção de proximidade.

Os tribunais de Grândola, Odemira e Santiago do Cacém perdem competências, pois os processos cíveis e criminais de maior envergadura passam a ser tratados nas sedes das comarcas.

RRL // JLG

Lusa/Fim

+ notícias: País

Projeto sobre vítimas de exploração sexual tem resultados conhecidos esta segunda-feira

Os resultados do projeto “melhorar os sistemas de prevenção, assistência, proteção e (re)integração para vítimas de exploração sexual", com o objetivo de conhecer melhor a dimensão deste problema, vão ser esta segunda-feira apresentadas no Ministério da Administração Interna.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.