Burlões de arrendamento lucraram mais de 240 mil euros. Pode ser a ponta de uma rede criminosa nacional

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Burlaram mais de 240 mil euros e enganaram mais de uma centena de pessoas. É este o balanço da megaoperação conduzida pela PSP do Porto, na manhã desta quarta-feira, que visa combater um esquema de arrendamento enganoso. Das 24 buscas realizadas, resultaram 12 detidos, nove mulheres e três homens, todos de nacionalidade portuguesa. Os lesados eram enganados pelos suspeitos que fingiam ser proprietários de determinados espaços e os colocavam a arrendar. O caso pode estar a acontecer em todo o país.

Segundo com as informações partilhadas pelo comissário da PSP do Porto, João Soeima, o processo está relacionado com contratos de arrendamentos falsos, ou seja, burlas qualificadas relativas ao arrendamento.

São mais de 13 pessoas e trabalhavam em “conjugação de esforços”, explicou o comissário. Segundo ele, o esquema era simples: os suspeitos selecionavam anúncios de arrendamento de páginas de Airbnb ou outros websites de arrendamento de curta duração e acabavam por utilizar aquelas fotografias para fazer os próprios anúncios falsos de arrendamento de média e longa direção.

Os detidos vão ser apresentados à PJ esta quinta-feira, sendo que três dos suspeitos têm relação de parentesco. A faixa etária dos mesmos incide entre os 21 e os 53 anos.

Além de usarem as imagens reais que deixavam o conteúdo do anúncio fidedigno, os suspeitos escondiam-se atrás de documentação do proprietário real daquele espaço.

Os lesados acabavam efetivamente por entrar naqueles espaços que arrendaram, mas ao fim de 24 ou 48 horas, eram surpreendidos pelos verdadeiros proprietários que explicavam às pessoas que tinham sido vítimas de uma burla.

Tendencialmente, os anúncios tinham uma qualidade-preço muito apetecível, e os burlões acabavam por pressionar os clientes dizendo que havia muitos interessados. Isso levava a que muitos dos interessados, e que acabaram por ser burlados, cedessem e pagassem entre 2 e 4 mensalidades de adiantamento.

Após serem confrontados com a burla, o comissário da PSP explicou que várias famílias ficaram “em difíceis situações de sobrevivência, tendo mesmo de recorrer ao apoio da Segurança Social”.

A maioria dos casos aconteceu no Grande Porto, mas há casos pontuais fora da Área Metropolitana do Porto. Podemos estar a falar de uma rede que pode estar a operar no país inteiro. “Para já temos consolidados factos a Norte, mas estamos agora a caminhar para algumas situações a nível nacional”, disse João Soeima.

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