Vodafone diz adeus à Boavista e muda-se para o novo centro económico do Porto

Vodafone diz adeus à Boavista e muda-se para o novo centro económico do Porto
| Porto
João Nogueira

Depois da saída do emblemático edifício na Avenida da Boavista, forçada por um prolongado litígio com o proprietário, a Vodafone está prestes a entrar numa das três “torres” que se erguem no nó de Francos, entre a VCI e a Avenida AEP. A negociação já está fechada e, de acordo com informações fornecidas ao Porto Canal, a empresa de telecomunicações não será a única a mudar-se para o lugar onde outrora funcionou uma indústria metalúrgica e onde vai agora nascer um novo centro económico da cidade.

O icónico edifício da Vodafone na Avenida da Boavista, que foi considerado um dos “escritórios mais criativos do mundo”, não concentra os serviços da empresa desde os primeiros dias de janeiro. Com uma arquitetura característica e diferente, o espaço foi inaugurado há 15 anos para ser a casa da marca no Porto.

 
 
 
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O ‘AFPPortfólio Imobiliário’, gerido pela ‘Interfundos’ do Millenium BCP, ter-se-á recusado a fazer obras na fachada, singular na sua estética mas problemática devido às recorrentes infiltrações que levaram o gigante das telecomunicações a abandonar a Boavista. A área de escritórios e a loja que estava ocupada pela operadora desde 2009 estão desde então vazias, uma decisão tomada depois de “não ter sido possível chegar a acordo com o proprietário em relação às condições de permanência no imóvel.”

O imóvel, de 19 metros de altura e 7.600 metros quadrados, representou um investimento de 13,4 milhões de euros. Tendo arrecadado vários prémios de arquitetura, entre eles um dos escritórios mais criativos do mundo, hoje em dia a sua avaliação não passa dos 11,5 milhões de euros.

Da Avenida para o Nó

Está por dias a mudança da Vodafone da Avenida da Boavista para o novo escritório do “ICON”, junto ao Nó de Francos. “A empresa vai para o edifício em breve”, confirmou ao Porto Canal fonte da Civilria, responsável pelo edifício que receberá outras empresas.

O novo complexo que muda a skyline no Porto em Francos

Um dos edifícios, o “Icon 1”, já foi inaugurado e já é a casa da empresa de seguros Ageas, que abandonou a sede histórica na Rua do Campo Alegre. Já o “Icon 2” prepara-se para receber outras empresas. “A obra ficou concluída no final de 23 e obtivemos a respetiva autorização de ocupação. O edifício está colocado em 65% para empresas de primeira linha internacional”, referiu fonte da Civilria.

Ambos os edificados são assinados pelo arquiteto Luís Pedro Silva e o investimento global de toda a obra ronda os 100 milhões de euros. O edifício de apartamentos conta com oito pisos e 168 fogos de tipologia T0 e T1. O rés-do-chão será ocupado com diferentes serviços, como espaços de “coworking”, um restaurante e um ginásio.

O projeto global deverá abrigar mais de 1400 postos de trabalho, numa área de escritórios aproximada de 17 mil metros quadrados. Também estão disponíveis 654 lugares de garagem.

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