Câmara do Porto concorre à subconcessão da STCP através de empresa municipal

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Porto Canal

O presidente da Câmara do Porto garantiu hoje que a autarquia vai concorrer, através de uma empresa municipal, à subconcessão da STCP e irá apresentar uma proposta "sustentável" que melhor adeque a oferta da rede à procura dos cidadãos.

"Nós entendemos que a rede que foi posta a concurso não resulta em benefício dos cidadãos. Sabemos que a STCP tem vindo a perder utentes (...) e acreditamos que a melhor forma de podermos interferir neste momento é exatamente concorrendo a essa concessão", explicou Rui Moreira.

O autarca referiu que esta decisão da câmara surgiu após um "longo processo negocial com o Governo" durante o qual houve "algumas cedências" e propostas da câmara acolhidas, "mas houve uma que não foi [e que] tem a ver com a rede que foi posta a concurso"

Segundo Rui Moreira, a autarquia irá concorrer à subconcessão da STCP, apresentando um "modelo sustentável" através de uma empresa municipal, escusando-se para já a referir qual mas adiantando que a mesma "já está definida".

Neste momento, acrescentou, estão a ser feitos os "estudos necessários para apresentar uma proposta sustentável" com uma rede que seja considerada a "mais conveniente" e que "permita servir melhor os cidadãos do Porto".

"O que pretendemos é adequar a oferta àquilo que é a procura dos nossos cidadãos e nós queremos uma cidade em que as pessoas possam andar de transporte público comodamente e que o transporte público corresponda àquilo que são as suas ambições", assinalou o autarca, garantindo que "se o concurso tivesse essa rede (...) não teria sido necessário" que a câmara concorresse.

Porque as pretensões da câmara não foram consignadas no concurso, a mesma irá concorrer e será por essa forma que poderá "fazer uma nova rede" que "represente aquilo que a população pretende".

Quanto aos municípios vizinhos, por onde também circulam transportes da STCP, Rui Moreira admitiu que as mesmas podem entrar juntamente com a câmara do Porto na subconcessão, mas admitiu que tal diálogo ainda não existiu.

Explicou ainda que o conceito de rede pretendido visa articular "todas as antenas", ou seja "as ligações com outros municípios em corredores previamente definidos".

"Tudo vai depender também de uma outra questão que está por definir, e que também nos leva a tomar esta posição, que é a promessa há muito feita pelo governo [em 2003] de terminais intermodais, ou seja, dos rebatimentos", frisou o autarca para quem "a cidade do Porto fica mais bem protegida" se houver terminais intermodais em Campanhã ou no junto ao Hospital de São João.

A proposta da autarquia, que hoje recebeu as peças concursais, terá de ser entregue num prazo de 50 dias

O concurso lançado na sexta-feira abrange as concessões da Metro do Porto e da STCP, mas as respetivas adjudicações poderão ser feitas em conjunto ou em separado, isto é, poderá ou não ser o mesmo operador a gerir as duas redes de transportes.

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