Rolam, mas pouco. As escadas do Monte dos Judeus que geram discórdia entre vizinhos
Maria Abrantes
As escadas do Monte dos Judeus, em Miragaia, ligam o rio à cota alta da cidade do Porto, desde 2020. Apesar de “jeitosas”, o barulho do próprio funcionamento incomoda alguns dos moradores, que acabam por desligar o equipamento.
Na baixa do Porto, existe uma escadaria mecânica, que liga a cota baixa à cota alta da cidade. Desde a zona da Alfândega até ao cimo do Monte dos Judeus, as escadas rolantes finalizadas em 2020 servem, sobretudo, os turistas que por ali passam, até porque “moradores já há poucos”, diz Sandra Coutinho, uma das moradoras que se queixa das avarias constantes do equipamento.
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“Isto está sempre avariado. Sempre, sempre, sempre”, queixa-se outra moradora, apesar de salientar a importância da obra, sobretudo na ajuda que dá, quando vai às compras.
No entanto, Marília Cardoso lamenta que haja “um senhor ao cimo das escadas” que as desliga de tarde, “quando a esposa está a dormir”.
O grande problema, conta, é que sempre que as escadas são desligadas, é necessária a deslocação de um técnico para que o equipamento volte a funcionar. Este transtorno, aliado às sucessivas avarias, faz com que as escadas do Monte dos Judeus parem de rolar várias vezes por semana.
Contactado pelo Porto Canal, o presidente da Junta de Freguesia do Centro Histórico do Porto, Nuno Cruz, confirma as queixas dos moradores e esclarece que a informação é sempre encaminhada para os serviços responsáveis pela manutenção. “Às vezes, os técnicos estão a sair de lá e, passado um bocado, já estão a avisar que as escadas estão paradas novamente”, conta Nuno Cruz, que lamenta a situação e confessa que ainda não encontrou nenhuma solução para o problema, além da sensibilização possível, junto dos moradores do Monte dos Judeus.