STCP prepara reforço de linhas em Aldoar com chegada do metrobus à Avenida da Boavista
João Nogueira
A implementação do metrobus na Avenida da Boavista, no Porto, exigirá uma reorganização das linhas de autocarro dos STCP naquela zona. Segundo a presidente da empresa, Cristina Pimentel, esse plano já está desenhado e é na zona de Aldoar onde se deverá sentir um reforço maior do serviço.
As linhas que hoje atravessam a Avenida da Boavista, e onde vão passar os futuros autocarros do metrobus, “terão de ser completamente reorganizadas”. Estamos a falar de carreiras como a 201 (Aliados-Viso), a 203 (Marquês-Castelo do Queijo) e a 502 (Bolhão- Matosinhos Mercado).
As linhas que faziam aquele troço “vão assumir outros percursos distintos, servindo até melhor outras zonas que atualmente não são servidas, nomeadamente a zona de Aldoar”, explica Cristina Pimentel.
Segundo a presidente da STCP, em Aldoar identificam-se claras “falhas de serviço” que podem ser resolvidas a par da chegada do metrobus à Avenida da Boavista.
O principal objetivo da STCP é alimentar o metrobus com as linhas de autocarros já existentes. Mas em pequenos troços algumas linhas vão continuar a passar ali, admite Cristina Pimentel.
“Vamos ter algumas linhas que farão ali pequenos percursos porque têm que entrar na linha da Boavista para depois fazerem outras continuidades. Mas com os meios que vamos retirar dali, vamos reforçar aquela zona na alimentação ao canal da BRT”, vinca.
Este redesenho das linhas não só visa melhorar a conetividade na Avenida da Boavista, mas também pretende suprir problemas em outras áreas, além de Aldoar. "Estamos comprometidos em oferecer um serviço de transporte público eficiente e abrangente, e esta reorganização é um passo importante nesse sentido," conclui Cristina Pimentel.
Críticas à falta de ciclovia
Ao contrário do que se observa em Nantes, França, o espaço disponível no Porto é mais reduzido. O desafio para a existência de vários modos de transporte numa única artéria é por isso maior, sejam eles carros, transportes públicos ou até mesmo bicicletas.
No caso da ciclovia, Tiago Braga afirma que não são precisas obras e que apenas é “necessário fazer uma pintura”. Mas o presidente da Metro do Porto recorda que os modos suaves são “sempre complementares”, com o esforço para fazer desaparecer mais carros da cidade a ter de passar pela aposta no transporte coletivo.
Quanto à particularidade de as bicicletas terem uma via destacada na futura ponte da Ferreirinha, mas não na Avenida da Boavista, Tiago Braga é claro: “A infraestrutura está à disponibilidade”, não deixando no entanto de dar nota que “as ciclovias em Portugal são usadas mais ao domingo de manhã como lazer”.
O Porto Canal viajou a convite da Metro do Porto