Governo: "Não há recuo", diz porta-voz do CDS-PP, partido é "muito favorável à estabilidade"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 06 jul (Lusa) - O porta-voz do CDS-PP, João Almeida, afirmou hoje que o partido se manifestou em Conselho Nacional "muito favorável à estabilidade política", expressando "confiança" na condução política de Paulo Portas no partido e no Governo.

João Almeida negou a existência de qualquer "recuo" e afirmou que não foram discutidas matérias relativas à "composição do Governo", por "respeito aos poderes constitucionais" do Presidente da República a quem foi entregue a proposta de entendimento entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

"Não há nenhum recuo. O presidente do partido que hoje aqui esteve é o presidente do CDS que o era antes deste Conselho Nacional, que se ia candidatar ao Congresso e que se dandinará ao Congresso na nova data", afirmou.

"O partido é muito favorável à estabilidade política no país e manifestou essa convicção, manifestou também confiança no presidente do partido e na sua condução política, quer do partido, quer da participação do CDS na maioria que governa Portugal, e, por último, manifestou também esperança na solução apresentada pelos partidos da maioria ao senhor Presidente da República, e a convicção que poderá consistir numa solução clara e numa solução forte para assegurar a governação do país", afirmou.

Segundo João Almeida essas foram as "três conclusões essenciais" de um Conselho Nacional "muito participado", em que decorreu "uma discussão muito franca e aberta sobre a atual situação política do país".

O porta-voz do CDS disse que a "convicção" do Conselho Nacional é a de que proposta entregue ao Presidente da República possa evitar mais danos nos mercados.

"A convicção é que sendo uma proposta forte possa segurar que isso não venha a acontecer e Portugal continue aquilo que tem sido um caminho difícil e que tem exigido dos portugueses esforços tremendos e que têm que ser esforços consequentes", afirmou.

O Conselho Nacional do CDS-PP aprovou, com uma abstenção, o adiamento por quinze dias do XXV Congresso do partido, que estava marcado para hoje e domingo.

O Congresso vai realizar-se a 20 e 21 de julho na Póvoa de Varzim.

O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, apresentou na sexta-feira ao Presidente da República "o entendimento político alcançado com o líder do CDS-PP", Paulo Portas, disse à Lusa fonte do gabinete do chefe do executivo.

As direções do PSD e do CDS-PP vão ter uma reunião no sábado, ao final da tarde, na sequência da qual será feita uma declaração, adiantou a mesma fonte.

Paulo Portas pediu a demissão de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, depois de Vítor Gaspar se ter demitido de ministro de Estado e das Finanças e de ter sido substituído por Maria Luís Albuquerque, alteração na composição do Governo PSD/CDS-PP que foi divulgada na segunda-feira e que não agradou a Portas.

ACL // JCS

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