Metrobus junto ao Edifício Transparente vai alterar zona da Anémona

Metrobus junto ao Edifício Transparente vai alterar zona da Anémona
| Porto
Porto Canal/ Agências

O projeto do metrobus do Porto, entre a Casa da Música e a Praça Cidade do Salvador, conhecida como Anémona, vai mudar a configuração da zona, com uma estação em frente ao Edifício Transparente e alterações de paragens.

"A estação terminal vai localizar-se também a eixo da Via do Castelo do Queijo, numa solução diferente da apresentada na fase de Estudo Prévio", pode ler-se no projeto de execução da segunda fase do metrobus do Porto (Pinheiro Manso - Anémona) a que a Lusa teve acesso.

Anteriormente, estava prevista uma estação na zona da rotunda propriamente dita, mas foi antecipada para a zona em frente ao Edifício Transparente.

"A utilização do espaço a nascente da via, antes ocupado por estacionamento automóvel, vai permitir implantar esta estação, assegurar boas condições para o serviço dos autocarros da STCP e criar uma via, à direita, para a viragem dos TI [transportes individuais] para a Estrada da Circunvalação", refere o projeto.

Naquela zona, "as paragens das diferentes linhas de transportes públicos poderão ser relocalizadas na Praça Cidade do Salvador e na Via do Castelo do Queijo, como forma de encurtar as distâncias a pé que será necessário percorrer entre os diferentes sistemas de transporte público".

A construção da estação de metrobus junto ao Edifício Transparente torna mais difícil a ligação ao Metro do Porto em Matosinhos Sul, algo que o presidente da Metro, Tiago Braga, tinha identificado em maio de 2022 "como sendo importante garantir".

O projeto de execução posto a concurso este mês assume que a implantação da estação do 'metrobus' "não é a mais cómoda para os utentes na interface entre BRT [Bus Rapid Transit, vulgo metrobus] e as outras linhas de TP [transporte público]".

Por outro lado, defende que "reduz seguramente a obra necessária na Praça Cidade do Salvador e potencia o prolongamento da linha BRT para a Estrada da Circunvalação ou para Matosinhos".

Assim, na própria rotunda da Anémona "a intervenção consiste na criação do canal dedicado BRT para inversão de marcha, na via de menor raio", acontecendo também "a eliminação do lancil de separação do canal de TP [transporte público]", o que "permite agilizar o serviço das diferentes linhas".

A estação contará ainda com "dois pequenos equipamentos de apoio aos motoristas": uma instalação sanitária e outro edifício para tomada de refeições e repouso.

"A implantação e o sistema construtivo destes equipamentos poderão sofrer alterações para permitir o apoio simultâneo à linha BRT e às linhas STCP", salvaguarda o projeto.

O trajeto da segunda fase do 'metrobus', entre Pinheiro Manso e Praça Cidade do Salvador, contará com uma ciclovia bidirecional paralela ao Parque da Cidade, na Avenida da Boavista.

"Esta ciclovia tem 2,3 metros de largura e situa-se lateralmente ao canal BRT. A separação entre a ciclovia e o canal BRT será materializada através de um lancil de remate com 20 centímetros de largura e oito milímetros de altura, e a separação entre a ciclovia e a faixa de rodagem será materializada através de um lancil de remate com 50 centímetros de largura e oito milímetro de altura", detalha o projeto.

No dia 11 de dezembro, a Metro do Porto lançou o concurso público de 20 milhões de euros para a segunda fase do 'metrobus' da Boavista, entre Pinheiro Manso e a Praça Cidade do Salvador, cuja entrada ao serviço está prevista para 2024.

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até à Anémona adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Os veículos do serviço, autocarros a hidrogénio semelhantes ao metro convencional, serão construídos pelo consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar, num contrato adjudicado por 29,5 milhões de euros.

O 'metrobus' do Porto vai ficar 10 milhões de euros mais caro do que os 66 milhões inicialmente previstos.

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