As idas às urgências aumentaram depois do Natal. Segundo o Diretor da Unidade Autónoma de Gestão do Hospital de São João, Nelson Pereira Portugal enfrenta “uma fase de pico e aceleração significativa de incidência de Gripe A”, que, neste momento, é responsável pelo “crescimento de 10%” de doentes nas urgências nos últimos dois dias.

“A maior parte das pessoas que nos procuram estão com queixas respiratórias e isso traduz-se numa grande pressão com alguma dilatação do tempo de espera, porque o número de doentes é mais significativo”, revela o profissional de saúde confessando também que o "dia 26 é o dia do ano com mais episódios de urgência". 

De uma forma geral, Nelson Pereira evidencia que “a gravidade destes quadros respiratórios associados à gripe A não é muito significativa”.

Recorde-se que os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais da região do Porto variavam às 22h00 desta terça-feira entre as quase seis horas no Hospital Santo António e as três horas no Hospital S. João.

De acordo com os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde, consultados pela agência Lusa, na região do Porto, no Hospital S. João, o tempo médio de espera é de 1 hora e 57 minutos para doentes muito urgentes, encontrando-se quatro pessoas com pulseira laranja e de 3 horas e 11 minutos para doentes urgentes, encontrando-se 37 pessoas com pulseira amarela. Na urgência pediátrica, o tempo de espera para doentes urgentes é de 1 hora e 49 minutos (13 pessoas).

No Hospital Santo António, o tempo de espera para doentes urgentes é de 4 horas e 55 minutos encontrando-se à espera 28 pessoas, enquanto no Pedro Hispano, em Matosinhos, o tempo de espera para doentes urgentes é de 5 horas e 48 minutos (15 pessoas).

No Hospital Eduardo Santos Silva, Vila Nova de Gaia, estavam à espera na urgência polivalente 47 pessoas com pulseira amarela, com tempo de espera de 3 horas e 11 minutos, enquanto a urgência pediátrica tinha seis doentes urgentes com um tempo de espera de 1 hora e 36 minutos.