Nuno Melo manifesta "tranquilidade" com proposta de "estabilidade governativa"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 05 jul (Lusa) - O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo disse hoje que foi entregue pelo primeiro-ministro ao Presidente da República uma proposta que "assegura a estabilidade governativa" e deu nota da "tranquilidade" que sente.

"Foi entregue ao senhor Presidente da República uma proposta que assegura a estabilidade governativa, amanhã [sábado] as direções dos dois partidos reunirão e farão um comunicado ao país", afirmou Nuno Melo.

Entretanto, fonte social-democrata adiantou à Lusa que a reunião terá início às 18:00.

O primeiro vice-presidente do CDS-PP falava aos jornalistas à entrada para a sede nacional do partido, onde decorre esta noite o Conselho Nacional democrata-cristão, convocado para deliberar o adiamento do Congresso, que estava marcado para sábado e domingo na Póvoa de Varzim.

"Da minha parte, enquanto vice-presidente do CDS, sublinharia apenas a tranquilidade que sinto por saber que Portugal estará preparado para enfrentar os desafios que terá pela frente", declarou.

O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, apresentou hoje ao Presidente da República "o entendimento político alcançado com o líder do CDS-PP", Paulo Portas, disse à Lusa fonte do gabinete do chefe do executivo.

As direções do PSD e do CDS-PP vão ter uma reunião no sábado ao final da tarde, na sequência da qual será feita uma declaração, adiantou a mesma fonte.

Paulo Portas pediu a demissão a demissão de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros depois de Vítor Gaspar se ter demitido de ministro de Estado e das Finanças, e ter sido substituído por Maria Luís Albuquerque, alteração na composição do Governo PSD/CDS-PP que foi divulgada na segunda-feira.

Numa nota divulgada na terça-feira à tarde, cerca de uma hora antes da posse da nova ministra e dos respetivos secretários de Estado, Paulo Portas anunciou essa decisão, que classificou de "irrevogável", justificando-a com o facto de o primeiro-ministro ter optado pelo que considerou ser um "caminho de mera continuidade no Ministério das Finanças", apesar da sua discordância, que referiu ter "atempadamente" comunicado.

Na terça-feira à noite, Pedro Passos Coelho fez uma declaração ao país em que manifestou surpresa pela decisão de Paulo Portas, defendeu ser "precipitado" aceitar esse pedido de demissão e afirmou que iria manter-se como primeiro-ministro e clarificar as condições de apoio ao Governo de coligação com o CDS-PP.

Na quarta-feira, a Comissão Executiva do CDS-PP mandatou o presidente do partido, Paulo Portas, para se reunir com o presidente do PSD e primeiro-ministro com o objetivo de encontrarem "uma solução viável para a governação em Portugal".

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas têm realizado sucessivos encontros desde quarta-feira, quando o primeiro-ministro regressou de uma reunião em Berlim, na Alemanha.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro reuniu-se com o Presidente da República e, no final, afirmou que seria "encontrada uma forma de poder garantir o apoio político do CDS ao Governo e nessa medida garantir a estabilidade política do país", dando a entender que esse processo ainda não estava concluído.

ACL // SMA

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